Ricardo Robles devia ter-se demitido no final da conferência de imprensa em que apresentou a sua versão dos factos.
Teria saído com dignidade, não causaria embaraços ao BE e não proporcionaria o espectáculo miserável protagonizado pela direita, indignada com o comportamento do deputado e vereador.
Obviamente que além de incoerente com o que ele e o seu partido defendem, a atitude de RR é condenável em si mesma. Acontece, porém, que RR não cometeu nenhuma ilegalidade. Ao contrário de muitas figuras do PSD, do PS e do CDS que deveria estar presa se a justiça funcionasse neste país.
Arguidos em escândalos de milhões que envolvem verbas dos contribuintes, andam por aí a pavonear-se políticos do Centrão e do CDS que recusam demitir-se dos seus cargos alegando inocência e, na primeira oportunidade, voltam a candidatar-se a cargos de onde deveriam ter sido exonerados para toda a vida.
Como é que essa gente que usa todos os instrumentos que a Lei lhe proporciona para atrasar os processos, até uma prescrição, ainda tem lata para condenar Ricardo Robles? - perguntarão alguns ingénuos
Porque com a benevolência e cumplicidade de alguma comunicação social que ajuda a branquear os seus actos e de uma justiça que só vê para um lado, sabe estar sempre a salvo.
Não me venham com a lenga lenga de que esta PGR é um exemplo de coragem, porque investiga os poderosos. Pois sim… já algum foi condenado? Não. E até assistimos ao espectáculo degradante de Manuel Pinho que se deu ao luxo de ir à AR gozar com os deputados e a justiça, numa manifestação de escroqueria sem precedentes, mas suficientemente cristalina para confirmar que o homem é um canalha da pior espécie.
Não me venham com a lenga lenga de que esta PGR é um exemplo de coragem, porque investiga os poderosos. Pois sim… já algum foi condenado? Não. E até assistimos ao espectáculo degradante de Manuel Pinho que se deu ao luxo de ir à AR gozar com os deputados e a justiça, numa manifestação de escroqueria sem precedentes, mas suficientemente cristalina para confirmar que o homem é um canalha da pior espécie.
Diga-se, em abono da verdade, que há agentes da justiça que, pelo seu comportamento, parecem querer impedir a aplicação da justiça.
Refiro-me, obviamente, ao juiz que absolveu o seu colega Neto de Moura e condenou os militares da GNR que estavam a cumprir ao seu dever.
Sem esquecer, obviamente, o comportamento do juiz Neto de Moura e o constante silêncio do Conselho Superior de Magistratura, nos casos de comportamento indecoroso de alguns magistrados que usam o seu estatuto para torpedear a lei, porque além de as leis serem susceptíveis de interpretações muito subjectivas, sabem que o corporativismo reinante na classe será suficiente para os absolver de um crime.
Posto isto, quero dizer que me indigna muito mais gente como o juiz Neto de Moura, do que deputados e vereadores como Ricardo Robles. Este, embora incoerente, de certeza que não cometeu nenhum crime.
Em tempo: Para quem não sabe ( ou já se esqueceu) do curriculum do juiz Neto de Moura, aqui fica um link