Em 2003, o deputado Paulo Pedroso foi preso em plena AR, com um aparato mediático nunca visto até então. O juiz Rui Teixeira irrompeu na AR, precedido de uma multidão de jornalistas e câmaras de televisão e deu voz de prisão ao deputado.
Paulo Pedroso foi acusado de práticas pedófilas e permaneceu na prisão quatro meses e meio, até a justiça reconhecer que estava inocente e fora preso injustamente.
Pediu uma indemnização ao Estado que inicialmente lhe foi parcialmente concedida, mas acabou por ser recusada por um tribunal superior, depois do inenarrável Pedro Namora se ter insurgido contra a atribuição da indemnização.
Na época custou-me muito ver um advogado (Pedro Namora) a insurgir-se contra uma decisão da mais elementar justiça ( indemnizar quem foi injustamente acusado, preso preventivamente e viu o seu nome irremediavelmente manchado e vilipendiado na comunicação social que desde logo o incriminou obrigando-o a colocar um ponto final na sua carreira política )
Quinze anos depois, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem dá razão a Paulo Pedroso e condena o Estado português a pagar-lhe uma indemnização de cerca de 68 mil euros, acrescidos de juros.
Algumas televisões deram a notícia sem grande alarido, mas nenhum dos jornal teve coragem de trazer o assunto para primeira página e pedir desculpa a Paulo Pedroso pelo mal que lhe causou com as acusações.
UMA VERGONHA para os jornalistas e mais uma machadada na credibilidade dos jornais que se assumem como refúgio de incendiários e cobardes.
Quanto ao juiz Rui Teixeira, deve estar bem instalado na vida e, graças à imunidade de que gozam os juízes ninguém lhes pedirá explicações. O contribuinte paga os erros e as prepotências de quem devia assumir os seus erros, para poder julgar com justiça.