Vivemos a época de uma segunda revolução nos transportes. Não só em Portugal, mas um pouco por todo o mundo
Depois de o comboio ter sido votado ao desprezo, em detrimento do transporte de mercadorias por via rodoviária, assistimos à reabilitação do transporte ferroviário de pessoas e mercadorias;
Depois do endeusamento do automóvel como veículo de transporte individual, começamos a expulsá-lo das cidades , criando espaço para bicicletas e peões e promovendo o transporte partilhado;
Depois de expulsarmos os eléctricos e os trolleys das cidades, em nome da modernidade, enaltecemos as vantagens dos transportes de energias limpas e a sua recuperação é incentivada. Para fins turísticos, mas também para servir as populações locais.
Teríamos poupado significativamente a saúde do planeta e a dos cidadãos, se em vez de ceder de forma fácil aos imperativos da economia e da modernidade, tivéssemos optado por tornar mais sustentáveis os que já existiam.
Este "regresso ao passado" na recuperação de comportamentos e modos de vida ancestrais,não se restringe aos transportes. Reflecte-se também num estilo de vida mais saudável e mais sustentável, combatendo o consumismo exacerbado que foram a regra nos últimos 50 anos.