Há precisamente 40 anos eu atravessava o Atlântico para vir comemorar a conquista do Campeonato.
Era a primeira vez que festejava o título ( o último fora conseguido quando eu tinha apenas 9 anos) e, por isso, justificava-se voar de Washington ao Porto para assistir ao jogo da consagração no velho estádio das Antas.
Nunca esquecerei esse dia, que durante muitos anos apenas equiparei à alegria sentida com a conquista da Taça dos Campeões Europeus ( nesse dia de Maio de 1987 voei ,mas baixinho, desde Braga ate ao Porto) e, posteriormente, da Liga dos Campeões Europeus ( que festejei em Lisboa, surpreendido com o mar de gente na Av da República).
Equiparo a conquista ontem alcançada a esses extraordinários êxitos internacionais. Não só pelo simbolismo da vitória, mas também porque pela primeira vez nos últimos 30 anos o FC do Porto não partia como candidato. Todos os analistas lembravam que o FC do Porto, além de estar intervencionado pela UEFA, tinha o plantel mais fraco dos 3 grandes , pelo que as aspirações dos azuis e brancos deviam resumir-se a lutar com o Sporting de Braga por um lugar que lhes permitisse o acesso directo à Liga Europa . Alguns, mais condescendentes, admitiam que se o sorteio fosse favorável, o FC do Porto poderia aspirar à conquista da Taça de Portugal.
Embora depositasse uma crença inabalável em Sérgio Conceição e esteja habituado a ver o meu clube fazer das fraquezas forças, no início da época apontava para a conquista da Taça de Portugal e o 2º lugar na Liga, como as exigência possíveis.
Nem o facto de termos começado a época em grande estilo fez alterar a minha convicção de que o título era uma meta quase impossível. O plantel era curto e mais cedo ou mais tarde viriam as lesões.Com o decorrer da época o meu cepticismo foi dando lugar à esperança, mas as vergonhosas arbitragens que nos escamotearam 6 pontos nos jogos de Vila das Aves, Moreira de Cónegos e no Dragão frente ao Benfica, voltaram a lançar a dúvida. O título estava talhado para os encarnados e vislumbrava-se uma passadeira estendida para o Penta.
A indomável crença portista conseguiu , porém , contra tudo e contra todos, conquistar um título em que ninguém fora do clube acreditava, mas cujo mérito ninguém de boa fé contesta.
Não fora o meu estado de saúde e ontem teria estado no Dragão a festejar este saboroso título. Com a mesma alegria com que festejei o de 1977/78 e as conquistas europeias. Mesmo assim, segui a par e passo todos os festejos. Emocionei-me como se lá estivesse e participei da festa como pude. Foi um justo e saborosíssimo título que apenas me deixou o amargo de boca de não poder festejar na rua.
Era a primeira vez que festejava o título ( o último fora conseguido quando eu tinha apenas 9 anos) e, por isso, justificava-se voar de Washington ao Porto para assistir ao jogo da consagração no velho estádio das Antas.
Nunca esquecerei esse dia, que durante muitos anos apenas equiparei à alegria sentida com a conquista da Taça dos Campeões Europeus ( nesse dia de Maio de 1987 voei ,mas baixinho, desde Braga ate ao Porto) e, posteriormente, da Liga dos Campeões Europeus ( que festejei em Lisboa, surpreendido com o mar de gente na Av da República).
Equiparo a conquista ontem alcançada a esses extraordinários êxitos internacionais. Não só pelo simbolismo da vitória, mas também porque pela primeira vez nos últimos 30 anos o FC do Porto não partia como candidato. Todos os analistas lembravam que o FC do Porto, além de estar intervencionado pela UEFA, tinha o plantel mais fraco dos 3 grandes , pelo que as aspirações dos azuis e brancos deviam resumir-se a lutar com o Sporting de Braga por um lugar que lhes permitisse o acesso directo à Liga Europa . Alguns, mais condescendentes, admitiam que se o sorteio fosse favorável, o FC do Porto poderia aspirar à conquista da Taça de Portugal.
Embora depositasse uma crença inabalável em Sérgio Conceição e esteja habituado a ver o meu clube fazer das fraquezas forças, no início da época apontava para a conquista da Taça de Portugal e o 2º lugar na Liga, como as exigência possíveis.
Nem o facto de termos começado a época em grande estilo fez alterar a minha convicção de que o título era uma meta quase impossível. O plantel era curto e mais cedo ou mais tarde viriam as lesões.Com o decorrer da época o meu cepticismo foi dando lugar à esperança, mas as vergonhosas arbitragens que nos escamotearam 6 pontos nos jogos de Vila das Aves, Moreira de Cónegos e no Dragão frente ao Benfica, voltaram a lançar a dúvida. O título estava talhado para os encarnados e vislumbrava-se uma passadeira estendida para o Penta.
A indomável crença portista conseguiu , porém , contra tudo e contra todos, conquistar um título em que ninguém fora do clube acreditava, mas cujo mérito ninguém de boa fé contesta.
Não fora o meu estado de saúde e ontem teria estado no Dragão a festejar este saboroso título. Com a mesma alegria com que festejei o de 1977/78 e as conquistas europeias. Mesmo assim, segui a par e passo todos os festejos. Emocionei-me como se lá estivesse e participei da festa como pude. Foi um justo e saborosíssimo título que apenas me deixou o amargo de boca de não poder festejar na rua.
Mas, para compensar, constatei que ao contrário do que acontecia há 20 ou 30 anos, há muitos portistas aqui no Estoril. A maioria, jovens, o que prova a expansão do portismo que a tantos tem preocupado.