O propósito deste post era escrever sobre o Hotel Infante de Sagres, um ex-libris da cidade que ontem reabriu depois de obras de remodelação. Até tinha repescado uma foto da última vez que lá estive, no Verão passado- a qual acabei por publicar apenas no FB.
Ia lembrar, inclusive, que quando fiz o check in fiquei surpreendido, porque a recepcionista não falava português, o que na altura me provocou uma enorme fúria.
Acontece, porém, que enquanto me regozijava com a reabertura do Hotel e me preparava para enviar uma farpa aos proprietários do Infante Sagres, fazendo votos que os recepcionistas tivessem aproveitado a pausa das obras para aprenderem a falar português, fiquei a saber que a empresa proprietária do Infante Sagres (The Fladgate Partnership) vai forçar o encerramento de uma emblemática livraria da baixa do Porto, vizinha do Infante Sagres.
A Sousa e Almeida, instalada na Rua da Fábrica há mais de 60 anos (desde 1956) era especializada em literatura galega, brasileira e africana e era frequentada por alguns dos mais ilustres nomes das Artes e Letras portuense.
Não se sabe que destino pretende a empresa proprietária do Infante Sagres dar à emblemática livraria da Rua da Fábrica, mas é sabido que é apenas mais uma das livrarias do centro do Porto que encerra as portas em 2018, vítima da voragem do turismo.