Não tencionava perder um minuto a escrever sobre a castração do patriarca de Lisboa, pois já nada me surpreende nessa categoria de primatas.
Lembro-me muito bem de D. Manuel Clemente ter dito que os direitos das minorias deveriam ser referendados e o seu antecessor, um Policarpo que também era D. ter ido a Fátima para dizer que os direitos das pessoas não se resolvem com protestos de rua, porque isso é inconstitucional. Em 2012 eu ainda me indignava e até perdi tempo a escrever-lhe esta carta que, obviamente, ficou sem resposta.
Acontece, porém, que ao aperceber-me que a tese de D. Manuel Clemente se aproxima da do pastor Edir Macedo, da IURD, fiquei com a pulga atrás da orelha e decidi levantar algumas questões que me parecem bastante pertinentes.
Quando andava na catequese, aprendi que Cristo nos terá deixado como desígnio a função reprodutora, expressa na frase "Crescei e multiplicai-vos".
Até ao aparecimento dos bebés proveta sempre pensei, também, que a única forma de reprodução possível seria através das relações sexuais. E sempre acreditei que essa era a forma patrocinada pela Igreja. Até que apareceu D. Clemente a esclarecer-me que relações sexuais, mesmo para procriar, pode ser pecado!
No início pensei que D. Clemente sofresse de alguma forma precoce de Alzheimer. Se até a Marilú, que andou a f..... milhares de portugueses disse aos jovens laranja "Ide e Multiplicai-vos", como é que o patriarca Clemente pode contrariar a sua ministra das finanças?
Depois, pensei melhor e cheguei à conclusão que, estando D. Clemente em sintonia com Edir Macedo, talvez esteja a defender a IURD e as adopções ilegais. Se assim for, a PGR, que consta ter responsabilidades nessas adopções e na legalização do lar daquela seita, estará perdoada. Pelo menos aos olhos de Deus, porque aos olhos das mães a quem as crianças foram roubadas, nunca terá perdão.