O jantar de encerramento da Web Summit realizou-se no Panteão Nacional.
Já aqui me insurgi contra a utilização de monumentos nacionais para actividades que coloquem em risco a sua preservação e/ ou sejam aviltantes para a sua dignidade.
Eu sei que foi Jorge Barreto Xavier, secretário de estado da cultura do governo anterior- quem elaborou a lista dos espaços culturais que podem ser cedidos para determinados eventos mas, sejamos justos, reconheçamos que não lhe podem ser assacadas responsabilidades por este episódio.
A autorização não é imperativa. Os pedidos devem ser analisados caso a caso e a decisão ser fundamentada no bom senso. Ora foi precisamente o bom senso que faltou à Direcção Geral do Património Cultural. Como já acontecera no Convento de Cristo em Tomar e, muito provavelmente, noutros espaços que não foram notícia.
Querer encerrar a Web Summit com um jantar num cemitério, demonstra o carácter vampiresco e humanoide do evento. Permitir um jantar à luz de velas no Panteão Nacional não é apenas insensatez. É indigência mental.
Não adianta por isso António Costa manifestar a sua indignação e afirmar que vai alterar o despacho de Jorge Barreto Xavier, para que não seja autorizada a utilização do Panteão Nacional. Se a DGPC é dirigida por uma pessoa desprovida de senso, a melhor solução é substituí-la por alguém mais sensato.
O governo teve dois anos para revogar ou alterar o despacho de Jorge Barreto Xavier. Atirar a responsabilidade deste triste episódio para o governo anterior não é honesto e denota algum desnorte.
De qualquer modo, não encontro justificação para a onda de recriminações provenientes do PSD. É que em 2003, quando era primeiro ministro Durão Barroso, o Panteão foi utilizado paraapresentar um livro de Harry Potter. Ora quem tem telhados de vidro, não deve atirar pedras.Estamos entendidos?
O governo teve dois anos para revogar ou alterar o despacho de Jorge Barreto Xavier. Atirar a responsabilidade deste triste episódio para o governo anterior não é honesto e denota algum desnorte.
De qualquer modo, não encontro justificação para a onda de recriminações provenientes do PSD. É que em 2003, quando era primeiro ministro Durão Barroso, o Panteão foi utilizado paraapresentar um livro de Harry Potter. Ora quem tem telhados de vidro, não deve atirar pedras.Estamos entendidos?