Passam alguns minutos das cinco da tarde. Cheguei ao fim da manhã a Lisboa. Vi-me aflito para comer qualquer coisa porque no meu bairro está tudo fechado. Em férias. Nem as tabacarias onde compro os jornais e preencho os boletins que podem fazer de mim um excêntrico escapam. O Meu Super está encerrado para remodelação.Suspiro. Enfim, o mês de Agosto é como antigamente. Lisboa está deserta. Pelo menos nos bairros como o meu, onde os turistas não chegam.
Saí do Estoril há mais de uma semana. Tenho saudades do mar do Guincho, mas hesito em meter-me ao caminho. É sexta feira à tarde e o trânsito deve estar um inferninho na A5 e na Marginal. E daí talvez não. Arrisco...
Meto pela segunda circular. Não há filas. Circula-se tranquilamente.Na A5, até à Cruz Quebrada, o trânsito é de manhã de domingo. Arrisco meter pela Marginal. Trânsito fluido. Pelo caminho vou vendo as praias pejadas de gente. Na estrada, nem sequer paro nos semáforos de S. Pedro, S. João ou Estoril.
Meu querido mês de Agosto. Ainda bem que estás de volta! Já tinha imensas saudades tuas.
O problema vai ser amanhã quando chegar ao paredão. O melhor é por o despertador para as sete.