terça-feira, 25 de julho de 2017
13 perguntas aos jornalistas sobre a morte
Nota prévia: escrevi este post no FB e não tencionava reproduzi-lo aqui.
Quando há pouco fui ao FB, constatei que nunca um post meu tinha sido tão partilhado, pelo que deduzi ter sido relevante para as muitas dezenas de leitores que o partilharam. Pensei, então, que talvez os leitores do CR o considerem igualmente importante para esclarecer algumas questões e decidi publicá-lo também aqui.
1- O que leva uma empresária a divulgar uma lista de mortos, vitimas do incêndio de Pedrógão, utilizando nomes de algumas vítimas , combinados de diversas formas, para que pareçam diferentes?
Quando há pouco fui ao FB, constatei que nunca um post meu tinha sido tão partilhado, pelo que deduzi ter sido relevante para as muitas dezenas de leitores que o partilharam. Pensei, então, que talvez os leitores do CR o considerem igualmente importante para esclarecer algumas questões e decidi publicá-lo também aqui.
1- O que leva uma empresária a divulgar uma lista de mortos, vitimas do incêndio de Pedrógão, utilizando nomes de algumas vítimas , combinados de diversas formas, para que pareçam diferentes?
Exemplo: António Maria Pinheiro Sachola ( escolhi um nome fictício para exemplificar) aparece como António Sachola, mas também como António Maria Pinheiro, contabilizando assim dois mortos quando, na realidade, se trata apenas de um.
2- O que leva um jornal (o Expresso) aparentemente baseado nesta lista, a dar a notícia de que o governo está a manipular o número de mortos?
3- Os jornalistas do "Expresso" não sabem que não é o governo que contabiliza o número de mortos?
4- Os jornalistas desconhecem o significado de "vítimas de efeitos colaterais" e os critérios da contabilização de mortos?
5- As seguradoras justificam o não pagamento de indemnizações, com o facto de as listas das vítimas não serem tornadas públicas. Independentemente da credibilidade deste argumento, o que justifica que a comunicação social difunda a notícia, atribuindo a ocultação dos nomes ao governo?
6-Não sabem os jornalistas que foi o MP que decidiu colocar a lista sobre segredo de justiça?
7- Os jornalistas não sabem que as seguradoras podem pedir ao MP a lista de nomes, invocando a necessidade de pagar indemnizações?
6-Não sabem os jornalistas que foi o MP que decidiu colocar a lista sobre segredo de justiça?
7- Os jornalistas não sabem que as seguradoras podem pedir ao MP a lista de nomes, invocando a necessidade de pagar indemnizações?
8- A que propósito é que o MP incluiu a lista dos mortos sob segredo de justiça?
9- A empresária que divulgou a lista não devia ser responsabilizada e investigada pelo MP, para que se conheçam as suas intenções?
10- Apesar de os presidentes das câmaras de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos terem manifestado a sua perplexidade e desconfiança quanto à(s) lista(s) divulgada(s) a comunicação social continuou a insistir que o governo estava a ocultar o número de mortos tendo chegado a "informar" que poderiam atingir os 3 dígitos.O jornalistas devem dar informação fidedigna aos leitores. Então por que raio estão a fazer política?
11- Desmontada a "cabala", por que razão Judite de Sousa entrevistou a empresária como se a sua credibilidade se mantivesse intocável?
12- Sendo "o Expresso" propriedade do militante nº1 do PSD, pode deduzir-se que a notícia que deu origem a todo este imbróglio foi lançada com má fé e o intuito de conseguir proveitos políticos para o PSD?
13- Ninguém, na plena posse das suas faculdades mentais, acredita que o governo esteja a esconder um ,repito UM, morto. Alguns jornalistas, porém, insistem nas responsabilidades do governo. Algum jornalista digno desse nome é capaz de me explicar qual é o interesse do governo em ocultar UMA vítima mortal?
Má fé, manipulação, incompetência jornalística, ou seja o que for, a verdade é que são casos como este que descredibilizam a comunicação social.
A promiscuidade entre jornalistas e jagunços com carteira de jornalista ao serviço de interesses partidários, torna cada vez mais difícil separar o trigo do joio.
Para que não sejam confundidos com a escumalha, os bons jornalistas ( ainda os há em elevado número) deveriam denunciar estas situações. A bem do jornalismo.
Mensagem para os ambientalistas cépticos
Em Janeiro, pleno Verão no hemisfério sul, um inusitado número de incêndios devastadores avassalou o Chile, devido a uma onda de calor sem precedentes
Seis meses depois, em pleno Inverno, o Chile está a sofrer os maiores nevões da História ( ainda há dias as televisões mostravam imagens de Santiago coberta de neve) e as temperaturas a descerem a valores nunca antes registados..
Eu sei que, apesar de estes fenómenos estarem previstos por cientistas há 30 anos, terem sido amplamente divulgados durante e após a cimeira do Rio em 1992 ( eu próprio escrevi dezenas de artigos sobre o assunto, alertando para o facto de Portugal estar incluído nas zonas de maior risco) os ambientalistas cépticos continuarão a negar qualquer relação entre os fenómenos atmosféricos e as alterações climáticas.
Já quanto a Assunção Cristas, ex-ministra do Ambiente, é lamentável que continue a ignorar o óbvio e a fazer aproveitamento político de um incêndio (aparentemente) provocado por uma situação atmosférica nunca antes vista e usando as mortes registadas em Pedrógão como arma de arremesso contra o governo.
Mesmo que a senhora ao domingo vá à Missa e durante a semana cumpra as penitências do confessor pela sua falta de pudor e de vergonha, travestidos de compaixão, isso não lhe dá o direito de utilizar mortos como arma de arremesso político.
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