Já aqui salientei como somos inexcedivelmente solidários e
generosos em momentos de tragédia.
Hoje – e ainda a propósito do incêndio de Pedrógão Grande –
vou escrever sobre os que lucram com a desgraça alheia.
Não me refiro aos abutres que se aproveitam das tragédias para roubar o pouco que restou às vítimas. Infelizmente é algo comum em
momentos de tragédia, em qualquer parte do mundo.
Tampouco com os
burlões que se fizeram passar por técnicos da segurança social, com o intuito
de enganar as vítimas. É um típico conto
do vigário. Grave, mas não especificamente relacionado com as tragédias. Um
comportamento oportunista que se revela ao longo de todo o ano, em diversas
facetas, consoante a cirunstância que o proporciona.
Muito menos vou perder tempo com bandalhos exercendo cargos
políticos, que se tentaram aproveitar da tragédia para colher dividendos.
Felizmente são cada vez menos o que o fazem, porque cada vez mais são os que
perceberam que as posições oportunistas perante a tragédia alheia já não rendem
votos. Pelo contrário.
Quem verdadeiramente lucra com a generosidade e
solidariedade dos portugueses são algumas empresas. Noutro tempo já abordei
aqui os lucros astronómicos que as empresas de distribuição fazem com as
campanhas de recolha de alimentos.
Hoje, é altura de lembrar que na hora de oferecer um
donativo através das CONTAS SOLIDÁRIAS, há que saber escolher o banco. É que alguns
bancos cobram por essas transferência, lucrando também eles com a generosidade
tuga.
O melhor, antes de dar o seu donativo, é saber quais os
bancos que não cobram taxa de transferência. Porque solidariedade não é contribuir para o enriquecimento de empresas à custa da desgraça alheia.