Amanhã há eleições em Inglaterra. Durante a campanha eleitoral, Theresa May não se limitou a confirmar que é um mero brinquedo nas mãos de Trump. Fez questão de mostrar a sua incapacidade para liderar um país com a dimensão e a História de Inglaterra.
A sua arrogância também tem contribuído para a descida das intenções de voto nos Conservadores a quem, há menos de um mês, as sondagens davam a maior vitória de sempre.
A campanha eleitoral em Inglaterra permitiu, no entanto, confirmar algumas tendências inovadoras na "guerra dos sexos". Passo a explicar.
Durante uma entrevista Theresa May disse que no dia a seguir às eleições Corbyn ( lider dos trabalhistas) seria um homem solitário e NU, perante o seu eleitorado e o seu partido.
Mais do que tentar descortinar o significado das palavras de May, importa referir que esta afirmação passou praticamente sem reparos. Quase, porque ainda houve uns quantos que se dedicaram ao exercício de imaginar as reacções das redes sociais e da comunicação social, no caso de Corbyn ter dito que Theresa May seria uma mulher NUA no dia seguinte às eleições.
Quantos votos custaria essa afirmação aos Trabalhistas? Quantos condenariam a afirmação machista?
Apesar de parecer um pormenor de somenos importância, esta tendência para empolar frases consideradas machistas e banalizar as mesmas, quando proferidas no feminino é uma sexualização semântica um pouco preocupante.