Que já estamos em 2017 mas...
continuam a chegar refugiados à Europa;
continuam os atentados terroristas;
aumenta a tensão entre a Arábia Saudita e o Irão;
a Coreia do Norte, governada por um doido, é uma
potência nuclear;
o crash financeiro na China poderá desencadear
uma nova crise financeira à escala global;
o Daesh continua vivo e não será desmantelado apenas com
bombas, porque muitos dos seus fanáticos militantes vivem na Europa;
a Europa continua mergulhada numa profunda crise;
a crise não se resolve com austeridade,
mas com solidariedade;
a solidariedade é impossível, enquanto cada país
pensar apenas por si e não com um espírito europeu;
Se não houver espírito europeu, a crise
instalada contribuirá para aumentar as desigualdades;
o aumento das desigualdades aumenta o descontentamento
das populações;
as populações descontentes deixam-se facilmente seduzir
pelo canto da sereia da extrema direita;
a extrema direita está a crescer em todo o espaço
europeu, fomentando a xenofobia;
a xenofobia conduz à violência;
a violência faz aumentar a ameaça de desintegração
europeia;
apesar de tudo isto, os portugueses voltam a
endividar-se como se não houvesse amanhã;
os bancos continuam a conceder crédito ao
consumo sem grandes objecções, porque sabem que os contribuintes cá estão
para pagar o crédito mal parado.
Publiquei este texto aqui em Janeiro de 2016 mas um ano depois mantém-se actual.
Há um ano apenas incluí mais esta frase:
"o espaço europeu ameaça desintegrar-se se, ainda este ano, os ingleses votarem a favor da saída da UE".
Concretizado o Brexit, este ano novos desafios se colocam na Holanda, Itália França e Alemanha, que poderão precipitar a inevitável desintegração europeia. Salvo se, por milagre, aparecer por aí um qualquer líder europeu que ponha esta gente toda a reflectir sobre os erros que cometeu durante o percurso que colocou a UE em estado comatoso.