Regressa hoje aos palcos lisboetas, uma das peças que mais marcou a
minha juventude e foi responsável pela minha paixão pelo teatro.
Entre os culpados estão o dramaturgo Alejandro Alvarez (Casona)que a escreveu, o saudoso
actor Paulo Renato, que tinha uma voz inigualável, Palmira Bastos, uma honorável senhora, actriz
de encher o palco, cuja interpretação superlativa me fez, pela primeira vez, saltar
da cadeira num impulso para aplaudir com entusiasmo e, obviamente, o empresário Vasco Morgado que a levou ao palco do Monumental.
Em setembro, quando Eunice Muñoz, recuperada da intervenção cirúrgica a que
foi submetida em Junho, regressar aos
palcos para desempenhar um papel para o qual ensaiou com afinco, “As Árvores Morrem de Pé”, passarão a ter dois elencos de luxo, onde despontam as duplas
Eunice Muñoz/ Ruy de Carvalho e Manuela
Maria/ João d’Ávila.
Num país tão parco em ofertas de teatro, o regresso de “As Árvores Morrem de Pé” é uma excelente
notícia para os amantes do teatro. E, para mim, a confirmação de que se pode
estar morto por dentro, mas continuar de pé. Como as árvores!