quinta-feira, 16 de junho de 2016
Perdoai-me, Senhor, por ser tão desconfiado
Talvez haja por aí muita gente a acreditar que a deputada britânica hoje assassinada foi vítima de um tresloucado. Eu não.
A História ensina-nos que devemos desconfiar de actos tresloucados, quando a sua consequência altera o rumo dos acontecimentos. Por isso me convenço, ainda mais, que no dia 23 os ingleses votarão por permanecer na UE. Com um pé dentro e outro fora, como sempre fizeram, mas com Cameron a salvar a pele e a Europa a respirar de alívio.
Em função das últimas sondagens, que dão a vitória ao Brexit, era preciso fazer uma vítima que alterasse o rumo da História. Só falta saber se foi suficiente.
O meu momento cota
Sinto imensos calafrios quando ouço Donald Trump reagir ao massacre de Orlando, dizendo que irá banir a entrada nos EUA de imigrantes muçulmanos. O homem ainda não percebeu que o autor do massacre era um cidadão americano? Se Trump vier a ocupar a Casa Branca, preparemo-nos para o pior. Um ignorante, fanático e louco como Trump, nunca terá consciência das consequências de acionar o arsenal nuclear. Para ele, carregar no botão vermelho será como estar a ver uma daquelas séries americanas de televisão, onde a violência gratuita impera, se disparam 300 tiros por segundo e no fim ganham sempre os bons. Ou apenas mais um jogo de guerra da Play Station.
Diga-se, em abono da verdade, que Hillary Clinton também não deixa ninguém sossegado. É perceptível que está tão atarantada quanto qualquer comum mortal e não tem a mínima ideia do que irá fazer para evitar ou prevenir novos ataques. A proibição de venda de armas é uma medida positiva, que se saúda na Europa, mas não é do agrado dos americanos. Além disso, quem conhece os EUA, sabe que a medida não resolve o problema. Será sempre muito fácil comprar armas em terras de Tio Sam. O preço é que poderá disparar.
E agora, o meu momento cota:
- Se não fossem tão lerdos, já todos os americanos teriam percebido onde está a origem da violência que ameaça os EUA e a Europa. Bastava seguir o método Joachin Low e encontravam a resposta no seu enorme umbigo. A isso se chama provar do seu próprio veneno.
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