A minha proposta para esta semana pode parecer um pouco bizarra mas, se lerem o texto até ao fim, perceberão o motivo da escolha, mesmo discordando dela.
Durante dois anos e meio, acreditei que ainda não tinha chegado o tempo do fim de ciclo. Agora, já começo a ter dúvidas. O mal generalizou-se a todas as modalidades onde os portistas foram incontestáveis vencedores durante muitos anos. Este ano, a única coisa que poderão ganhar será a II Liga. Nas modalidades, nem hóquei,nem andebol, nem basket. Um dos sinais de decadência foi o recurso ao ciclismo. Quando o SLB se estava a afundar, fez o mesmo...
Desde que se confirmou a desconfiança quanto às capacidades de Lopetegui para dirigir o FC do Porto, manifestada logo que o seu nome foi anunciado, tenho deixado aqui expressa a minha opinião sobre as razões que levaram o FC do Porto a bater no fundo. Ainda tenho uma réstea de esperança na mudança de rumo. Apesar de tudo, continuo a acreditar que Pinto da Costa é o único que, neste momento, pode colocar o Titanic azul e branco a flutuar de novo.
Pinto da Costa conhece bem as raízes do problema e, se não fizer a limpeza necessária a nível do balneário, mas também na própria estrutura, será mesmo o fim de ciclo.
Há, no entanto, uma coisa que ninguém de boa fé e que não esteja cego por clubismos idiotas pode negar: Pinto da Costa mudou o futebol português, deu ao FC do Porto projecção internacional e tornou-o no clube português com mais títulos conquistados a nível internacional.
No Museu do FC do Porto, as grandes conquistas europeias e mundiais ainda não ganharam bolor. A História de uma instituição secular, mal amada pela cúria dos fanáticos da segunda circular, está naquele edifício de notável inspiração e nada nem ninguém a pode apagar. Tudo está lá documentado e prova, à saciedade, que o FC do Porto é um clube com um património desportivo invejável.
Mesmo ao lado, o estádio do Dragão continua a ser um dos mais belos do país e, em minha opinião, o que tem a localização mais privilegiada.
Em tempo: o FC do Porto perdeu hoje em Paços de Ferreira. A crise agudiza-se e é urgente varrer o lixo que há nos balneários e nos órgãos dirigentes do clube. É altura de exigir a Pinto da Costa que devolva ao clube, o que perdeu desde a contratação descabelada de Lopetegui. Há jogadores que não têm fibra para representar o clube e dirigentes que envergonham os sócios.
Só será possível evitar o fim de ciclo, se a próxima época começara ser preparada desde já. E isso passa por correr com os mercenários, encontrar um treinador à Porto e recuperar o prazer das vitórias