As minhas memórias de Nicolau Breyner estão mais relacionadas com o homem, do que com o actor. Quando o conheci, ainda ele não era sr Feliz, nem reconhecido pelo grande público. Foi-me apresentado pela Beatriz Costa num bar do meu irmão, onde a Beatriz ia normalmente às segundas feiras ou, mais esporadicamente, depois dos espectáculos de revista para tomar um copo e comer qualquer coisa, porque ficava muito perto do Hotel Tivoli onde ela vivia.
Nicolau passou a ser também frequentador assíduo do bar e pude constatar que, além de ser uma pessoa muito bem disposta, era de uma grande generosidade.
Foram muitas as noites em que ele, inadvertidamente, fez prolongar a hora de encerramento muito para além do permitido e razoável, o que por vezes resultou em multas que abalavam as finanças do bar.
Mais do que as histórias que contava, era a maneira como as tratava que nos prendia às cadeiras e aos copos.
Estava eu a cumprir serviço militar em Tomar, quando surgiu a dupla sr. Feliz/sr Contente em " Nicolau no País das Maravilhas". Devo confessar que apesar de o programa me agradar, a minha reacção inicial à dupla não foi nada positiva. Anos depois, rendi-me à versatilidade do Nicolau actor de cinema. Foi o cinema, onde desempenhou papéis absolutamente notáveis, que me deu a conhecer o Nicolau actor, uma mescla de humorista e dramaturgo que marcou várias gerações.
O que nunca deixei de apreciar foi a alegria de viver, a boa disposição que irradiava e as qualidades humanas de Nicolau Breyner, injustamente apelidado de reacionário e fascista por revolucionários de pacotilha.
Na hora da sua partida, é esse Nicolau generoso, optimista, criativo, apaixonado pela vida e confiante no próximo, que hoje recordo com mágoa. Fazem falta neste país pessoas que amem a vida, sejam felizes e tenham capacidade de fazer felizes os que o rodeiam, puxando pela sua auto estima.
Foram muitas as noites em que ele, inadvertidamente, fez prolongar a hora de encerramento muito para além do permitido e razoável, o que por vezes resultou em multas que abalavam as finanças do bar.
Mais do que as histórias que contava, era a maneira como as tratava que nos prendia às cadeiras e aos copos.
Estava eu a cumprir serviço militar em Tomar, quando surgiu a dupla sr. Feliz/sr Contente em " Nicolau no País das Maravilhas". Devo confessar que apesar de o programa me agradar, a minha reacção inicial à dupla não foi nada positiva. Anos depois, rendi-me à versatilidade do Nicolau actor de cinema. Foi o cinema, onde desempenhou papéis absolutamente notáveis, que me deu a conhecer o Nicolau actor, uma mescla de humorista e dramaturgo que marcou várias gerações.
O que nunca deixei de apreciar foi a alegria de viver, a boa disposição que irradiava e as qualidades humanas de Nicolau Breyner, injustamente apelidado de reacionário e fascista por revolucionários de pacotilha.
Na hora da sua partida, é esse Nicolau generoso, optimista, criativo, apaixonado pela vida e confiante no próximo, que hoje recordo com mágoa. Fazem falta neste país pessoas que amem a vida, sejam felizes e tenham capacidade de fazer felizes os que o rodeiam, puxando pela sua auto estima.