Eu até admito que este estudo da OCDE tenha alguma veracidade mas, para ser fidedigno e não sermos tentados a dizer " é mais um estudo", gostaria de conhecer bem a fundamentação.
sexta-feira, 11 de março de 2016
Alentejo Prometido
Não pensava ler o livro de Henrique Raposo, pelo que não tencionava escrever sobre a polémica que estalou à sua volta, embora desde o princípio tenha considerado reprovável a perseguição de que tem sido alvo.
Acontece, porém, que mão amiga mo fez chegar e pediu a minha opinião.
Devo esclarecer os leitores que não suporto o homem, que considero um pedante pateta. Quanto ao livro, embora não tenha gostado, duplicou a minha estupefacção:
Por que raio se indignaram tanto os alentejanos com o que lá está escrito? O Alentejo é uma região imaculada que não pode ser criticada? Estará a liberdade em Portugal tão ameaçada, que já é natural lançar uma Intifada contra um autor, porque ele cometeu o sacrilégio de escrever o que pensa?
Estava a matutar nisto, quando me lembrei de um artigo que escrevi em 2006 intitulado "O fim do mito Alentejano".
Limitei-me a contrariar a opinião então generalizada de que o Alentejo era a mais bela região portuguesa e atrevi-me a contrapor, dizendo que em minha opinião, não há região mais bela neste país do que o Douro. Nem imaginam as críticas que recebi, pelo atrevimento de não alinhar com a opinião dominante!
Limitei-me a contrariar a opinião então generalizada de que o Alentejo era a mais bela região portuguesa e atrevi-me a contrapor, dizendo que em minha opinião, não há região mais bela neste país do que o Douro. Nem imaginam as críticas que recebi, pelo atrevimento de não alinhar com a opinião dominante!
As reacções ao livro do Raposo são descabeladas e apenas revelam a intolerância da sociedade portuguesa? Não tenho dúvidas, mas terão sido muito úteis para aumentar as vendas.
Criticar o Alentejo é sacrilégio? Então vou ser excomungado porque passaram quase 10 anos e continuo com a mesma opinião: gosto mais do Douro do que do Alentejo, mas tenho a consciência de que em ambas as regiões há razões para nos envergonharmos ( e criticarmos) (d)o passado.
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