Quando escrevi este post, estava apenas a especular sobre uma hipótese que me parecia plausível. Alguns leitores encararam-no como uma defesa da juíza, mas não foi essa a minha pretensão. Tentei apenas, como faço muitas vezes, pôr-me do lado de fora da cauxa e pensar contra a corrente.
Este fim de semana o "Expresso" publicava a defesa da juíza e os fundamentos do seu pedido de escusa.
Em relação à forma como tratou Bárbara Guimarães, Joana Ferrer esclareceque " optou por um registo mais familiar ( chegou a trata-la por querida) para tentar diminuir o seu nível de ansiedade, p qual foi patente durante a audiência".
Quanto às críticas à demora em apresentar queixa, acertei na mouche. Esclarece a juíza, algo que me parecia óbvio:´
" É imprescindível, é ingente, que as vítimas de tal crime ( de violência doméstica) se queixem assim que comecem a surgir as primeiras agressões , colocando-se em tempo útil sob a protecção da justiça"
E mais adiante a magistrada esclarece que tem sido confrontada demasiadas vezes com a recusa de alegadas vítimas deporem em tribunal, deixando a justiça de mãos atadas e impotente.
Não pretendo, com este post, clamar a minha razão. Apenas quero realçar que nem sempre o que parece é e que, muitas vezes, o exercício de pensar contra a corrente pode ser muito útil para evitar juízos precipitados.