Isto andava tudo muito calmo, mas já há dias me palpitava que vinha aí borrasca. Não tanto pelo alarido que a oposição, bem apoiada por grande parte da comunicação social, anda a fazer por causa das críticas e exigências de Bruxelas ao OE para 2016. Apesar de considerar exagerada a dramatização que a direita vem fazendo, aceito-a como normalidade dentro de partidos de anormais, cujos deputados europeus pagos principescamente, vão para o PE denegrir o nome do país. Estou convicto que no final vão meter a viola no saco e, com muita amargura, reconhecer ( apenas internamente, claro...) que António Costa conseguiu negociar, coisa que eles nunca fizeram. Não por não poderem, mas sim por não quererem. Ora, se isso acontecer, será a primeira grande vitória de Costa.
A borrasca a que me refiro no início deste post tem outra origem que surpreenderá alguns mais distraídos, ou bem intencionados, mas não a mim.
Vendo a oposição calada e a sua candidata a Belém humilhada, os seguristas decidiram passar ao ataque.
Assis, Beleza e comandita, adeptos fervorosos do Centrão disparam em todas as direcções, com o objectivo de derrubar este governo e forçar um entendimento do PS com PSD e CDS.
Há uns meses, escrevi aqui que muitos seguristas não votariam PS nas legislativas. Alguns leitores indignaram-se e criticaram-me. Espero que perante a postura de alguns destacados elementos do segurismo, já tenham percebido que eu estava mesmo a dizer a verdade.
Só me espanta é que sendo os seguristas tipos tão inteligentes, que afirmam conhecer o sentir dos portugueses e o seu apreço pelo Centrão, ainda não tenham percebido que o PS ou se assume como um partido de esquerda, ou não tem nada a oferecer aos eleitores, porque não se diferencia do PSD. E, assim sendo, a tendência será para desaparecer.