Palavras que chegam em ondas, envoltas no cheiro da maresia
sábado, 24 de dezembro de 2016
Dia do Postal Ilustrado (33)- Especial Consoada
Foi assim no Natal de 1959.Eu tinha 10 anos, a minha avó materna tinha falecido dois anos antes. Uns primos enviaram este cartão de Boas Festas à minha Mãe.
57 anos depois mantém-se actual.
Votos de um Natal Feliz para todos os leitores e amigos.
Gosto muito deste postal de Natal, enriquecido com um poema de um dos meus poetas portugueses preferidos. As palavras de Pedro Homem de Melo atingiram a minha alma dorida, dando-lhe um pouco de conforto.
Porque este postal me comoveu, pois hoje também me lembrei dos meus que já partiram todos, mas que continuam a fazer-me companhia, tentando arranjar forças para sobreviver, até este dia, mesmo que não tenha feito parte dos meus rituais.
"Ladainha dos póstumos Natais
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro em que o Nada retome a cor do Infinito
Uma ternura de Postal, Carlos. O Natal é Festa onde as crianças são o elemento essencial. Sem crianças o Natal perde o encanto e a magia. Continuação de dias felizes, já que o Natal é sempre que o Homem quiser.
Gosto muito deste postal de Natal, enriquecido com um poema de um dos meus poetas portugueses preferidos. As palavras de Pedro Homem de Melo atingiram a minha alma dorida, dando-lhe um pouco de conforto.
ResponderEliminarNatal em PAZ para todos OS portugueses.
Porque este postal me comoveu, pois hoje também me lembrei dos meus que já partiram todos, mas que continuam a fazer-me companhia, tentando arranjar forças para sobreviver, até este dia, mesmo que não tenha feito parte dos meus rituais.
ResponderEliminar"Ladainha dos póstumos Natais
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira, in "Cancioneiro de Natal".
Apenas para um abraço natalício.
ResponderEliminarMuito bonito, tanto na imagem como no texto. :)
ResponderEliminarUma ternura de Postal, Carlos. O Natal é Festa onde as crianças são o elemento essencial. Sem crianças o Natal perde o encanto e a magia.
ResponderEliminarContinuação de dias felizes, já que o Natal é sempre que o Homem quiser.