Eu não sei se este governo vai dar certo. Torço por isso mas, prever se vai durar quatro anos, ou apenas um, é mera futurologia.
O que eu sei - e me entusiasma- é que a política voltou a ser empolgante e a mobilizar muita gente que andava descrente. A AR recuperou a sua credibilidade e o governo deixou de ser representado por um grupo de fantoches treinados para dizer sim, porque os quatro partidos que o suportam mantêm a sua identidade e os seus deputados não se diluem nas ordens do chefe do governo.
Eu sei que um governo que diariamente é obrigado a procurar equilíbrios e consensos, não terá vida fácil, mas é bem mais estimulante ter um governo assim, do que um Paf onde um dos partidos se diluiu e perdeu a identidade, para defender os tachos de alguns.
O que eu sei - e me deixa feliz- é que depois de 53 meses governados por um grupo de depravados que todos os dias nos diziam que tínhamos de sofrer porque andámos a viver acima das nossas possibilidades e merecíamos ser castigados por isso, temos agora um governo que coloca as pessoas no centro das decisões.
Este governo não chama às pessoas piegas, não as convida a emigrar, nem as trata como empecilhos e acima de tudo, não é sádico para por as pessoas umas contra as outras.
Este governo é composto por gente empenhada em promover as condições de vida dos portugueses e não por um grupo de capados mentais que passou 53 meses a castigar o povo, movidos por ódios e vinganças geradas em traumas de infância
Havia gente honesta no anterior governo? Sem dúvida...mas esses não passavam de excepções e passaram quase despercebidos no meio da turba de fanáticos.
Estamos a viver um dos períodos mais ricos da democracia portuguesa. Espero que ninguém a estrague e não surjam incompatibilidades insanáveis que dêem à direita oportunidade de vingança porque, se isso vier a acontecer, vamos ter tempos bem mais difíceis do que os últimos 53 meses.