Antes de partir de férias disse a alguns amigos que, em virtude da crise, não estava certo se ainda haveria UE quando regressasse a Lisboa.
Aparentemente ainda existe, mas só no papel. A UE acabou no fim de semana em que o paraplégico hitleriano cavou fortes dissidências entre os 19, ao querer impôr a saída da Grécia do euro, deixando claras as divergências entre Alemanha e França.
E se o facto de a UE ter deixado de falar a uma só voz é uma boa notícia, a verdade é que as divergências no seio do Eurogrupo deixarão feridas profundas.
Nunca, desde o final da segunda guerra, terá sido tão importante uma oposição forte aos desígnios da Alemanha que lançou a Europa para duas guerras absurdas e está a tentar consumar a terceira num tabuleiro de Monopólio, sem recurso a exércitos e sem disparar um tiro.
Eu sei que comunistas e esquerda folclórica garantem que os partidos socialistas europeus em nada divergem dos liberais e conservadores mas, apesar de parecerem iguais, Hollande não é Sarkozy e a sua relação com Merkel assenta em bases bastante diversas do homem que o precedeu no Eliseu.
Para salvar a Europa, talvez não fosse má ideia expulsar a Alemanha do euro e reconstruir o muro de Berlim. Estirpava-se de uma vez o cancro que é esse país onde criminosos e loucos acabam sempre no poder e ninguém estranharia a construção de mais um muro... afinal a Hungria está a construir um de 175 kms e 4 metros de altura na fronteira com a Sérvia e a Bulgária também já iniciou a construção de um muro na fronteira com a Turquia e ninguém parece preocupar-se com isso.
Não há pois razão para que, numa UE de condomínios privados, haja um administrador prepotente que obriga todos os condóminos a pagar quotas, mas não paga a sua e ainda tem o desplante de colocar na sua conta bancária, uma boa fatia das quotas dos outros.
Se isto se passasse num país decente como o nosso, o juiz Carlos Alexandre e o procurador Rosário Teixeira já teriam decretado a prisão preventiva de Schaueble.