Quando eu vivia no Porto a Praça D. João I – situada em plena Baixa- era onde ia apanhar o autocarro para regressar a casa ( Sim , um igual àquele verde de dois andares que se vê no postal). Em dias de chuva abrigava-me nas arcadas fronteiras ou tomava um cimbalino no Rialto, enquanto esperava a chegada do autocarro.
Ladeada pelo Rivoli e pela Rua Sá da Bandeira e escoltada pelo Palácio Atlântico ( do então Banco Português do Atlântico) e pelo edifício Rialto, a praça D. João I foi mudando de fisionomia ao longo dos anos, sendo a transformação operada em 2001 a mais significativa, quando foi retirada a fonte central
Hoje é um local onde decorrem diversos eventos. Quando passar por lá, tanto pode encontrar uma praça despida, como transformada em pista de gelo, estádio de futebol, galeria de arte, feira de artesanato, ou mesmo centro de acolhimento do Festival da Francesinha.
Embora não tenha grande interesse turístico, quando lá não decorrem eventos, a Praça D. João I foi, em 1965, palco de uma revolução extraordinária que passou despercebida no país, apesar de ter sido percursora de uma nova era, que se iniciaria duas décadas mais tarde. Sabe qual foi essa "revolução"?