As declarações de Jean Claude Juncker não valem um chavo. Resumem-se a isto:
“Sim, padre, pequei, estou muito arrependido e peço perdão. Pode dar-me a absolvição, porque eu quero pecar outra vez?”
Aliás, vai ser curioso ver a reacção de Juncker se o paraplégico que exibe Marilú como troféu de guerra, continuar obstinado em humilhar os gregos. Amouxa e daqui a uns meses volta a ajoelhar no confessionário, como fizeram Gaspar, Marilú e Coelho ou como está a fazer Hollande.
Não pensava, por isso, abordar o assunto. Só que ao ouvir as declarações de Marques Guedes, senti subir uma coisa por mim acima. Se o tivesse à mão cerrava o punho e mandava-lhe uma lufada de ar fresco no trombil.
Não me espanta que Coelho, Marilú ou Gaspar olhem para os números da pobreza, do desemprego, da emigração forçada de jovens e para a destruição da classe média com absoluta indiferença. Não têm dignidade sequer para ser gente, porque passaram a vida de cócoras, mendigando benesses, por isso o sofrimento dos outros nada lhes diz.
Pensava eu que Marques Guedes era diferente e sempre lhe concedi o estatuto de pessoa. Parece que me enganei. Marques Guedes assumiu-se como porta voz do governo e manifestou a sua indignação pelo facto de Juncker ter admitido que a troika tinha atentado contra a dignidade do povo português.
Pois fique sabendo, senhor ministro, que não foi só a troika a atentar contra a dignidade dos portugueses. Foi também o governo de miseráveis de que o senhor faz parte.
Assim sendo, a única coisa que posso pedir ao sr. Marques Guedes é que vá dar banho ao cão. Ou à merda. Para baixar as calças ao Schaueble e ajoelhar é que não lhe peço. Já há gente demais na fila e, em virtude da sua avançada idade, ficar de pé à espera de vez não lhe faz nada bem à saúde.