A reacção do governo e dos partidos que o apoiam foi unânime: não somos a Grécia. Não precisavam de perder tempo a explicar-nos. Já todos sabemos, há muito tempo, que Portugal não é a Grécia.
Se Portugal fosse a Grécia, teria um governo três dias após as eleições;
Não teria um presidente a ameaçar que se os partidos não se entenderem, não haverá governo;
Teria um governo que se preocupasse com as pessoas e não um grupo de lambe botas que, seguindo o exemplo de Durão Barroso, está a tratar da sua vidinha e borrifando-se para o país;
Teria um governo que não vendesse o país a retalho o património do país a interesses privados;
Teria um povo que se revoltaria por estar a ser roubado e exigiria saber quem beneficia com as privatizações;
O pavilhão Atlântico, ou Meo, ou o raio que o parta, não se encheria de miúdos para ver a Violetta, porque não haveria famílias a pagar 500€ por um bilhete nas primeiras filas.