Tempos houve em que o CR atribuía os prémios Escorpião de Ouro a personagens que , ao longo do ano, se distinguiam pelas suas cretinices.
Para os leitores que desconheciam esse grande evento, sugiro que consultem aqui e aqui as listas dos vencedores em 2011, último ano em que tive capacidade financeira para atribuir os prémios.
Este ano, graças à recuperação de 20% do salário que este governo roubou aos funcionários públicos espero conseguir atribuir algumas estatuetas referentes a 2014.
A primeira vai para “A Badalhoca do Ano”.
Havia três fortíssimas candidatas a receber o prémio: Maria Luís Albuquerque pela forma despudorada como nos roubou, Teresa Leal Coelho pelas alarvidades palavrosas com que nos brindou e Paula Teixeira da Cruz pela forma cobardolas como governou.
No último dia do prazo para as votações as três candidatas estavam empatadas e coube-me a mim, como presidente do júri, exercer a prerrogativa do voto de qualidade. Não foi uma escolha fácil e estava muito indeciso. Apesar daquela bandalheira do Citius e da forma desavergonhada como culpou funcionários e os despediu ilegalmente ( como mais tarde se viria a provar) a ministra da justiça já era uma forte candidata ao galardão, pela sua cobardia e falta de estofo moral. Felizmente, Paula Teixeira da Cruz ( Vencedora do Prémio Marretas em 2011 ex-aequo com Marinho e Pinto) foi à AR e ajudou-me a tomar uma decisão.
No momento em que garantiu aos deputados que “nunca varreu as responsabilidades para debaixo do tapete”, deixei de ter dúvidas. Uma gaja que nem sequer consegue varrer o lixo, merece indiscutivelmente o prémio Escorpião de Ouro destinado a galardoar a Badalhoca do Ano.
Teresa Leal Coelho e Marilú que me perdoem. Sei que também são umas grandes badalhocas, mas nunca tiveram coragem de o assumir. Optei, pois, por premiar quem teve a coragem de confessar perante o povo português o seu pecado, embora continue a não assumir as suas responsabilidades, demitindo-se de um cargo que tem desempenhado de forma muito suja.