Aqui, em terras rurais do Alto Douro confinando com Trás os Montes, chegou-me a notícia, via FB, de que sua excelência o pm considera um mito urbano o seu convite aos portugueses para emigrarem.
Eu não sei bem o que é um mito urbano mas, a avaliar pelo que li, todas as mentiras de Passos Coelho durante a campanha eleitoral de 2011 e as que proferiu ao longo dos últimos quatro anos devem ser passíveis de igual denominação.
Parece-me, porém, oportuno, acrescentar alguns outros exemplos de mitos urbanos
1- A honestidade de Passos Coelho
Um homem honesto não se furta a pagar as prestações da segurança social, não ludibria o fisco, nem mente à AR, dizendo que exercia funções de deputado em regime de exclusividade.
2- A coragem de Passos Coelho
Passos Coelho começou a pré-campanha eleitoral a negar que alguma vez tivesse convidado os portugueses a emigrar. E também já garantiu que nunca prometeu não cortar salários nem pensões, apesar de serem públicas essas suas promessas.
Um tipo corajoso assume as suas declarações. Aquele que as nega é apenas um cobarde
3- O rigor das contas de Passos Coelho
Se fosse rigoroso nas contas, sabia explicar a razão de ter de cortar 600 milhões de euros nas pensões e assumiria essa responsabilidade no programa de governo, em vez de omitir as soluções.
4- O rigor de Passos Coelho na aplicação das verbas europeias
Como é que pode um homem que delapidou verbas do Fundo Social Europeu, em cursos para profissionais que não existiam pode ser rigoroso?
5- A Passos Coelho e a moralização da AP
Dois em cada três dirigentes da AP nomeados por este governo pertencem ao PSD e ao CDS
No entanto, estes mitos urbanos sobre Passos Coelho têm sido alimentados ao longo dos anos quer por bloggers afectos ao coelhismo, quer por comentadores do PSD/CDS com presença diária nos três canais informativos, quer ainda por uma imprensa ansiosa em receber a devida recompensa por não confrontar o pm com as suas mentiras e, em alguns casos, até por as alimentar para que se tornem verdade junto da opinião pública.
Dito isto, vou gozar as últimas horas neste espaço rural onde mito urbano significa falta de honra, de vergonha e de carácter.