Parece ser sina. Assim que o Verão se aproxima, o Paulinho das Feiras começa a viver tempos difíceis. Ontem de manhã foi obrigado a aprovar, em conselho de ministros, o diploma que estabelece o corte definitivo das pensões a que a Marilú, numa traquinice de loira perversa, deu o nome de CDS (Contribuição Duradoura de Sustentabilidade). Paulo engoliu e calou.
Mas o Dia Mundial do Ambiente estava destinado a correr mal ao irrevogável Portas. À noite a concelhia do CDS foi a votos e, surpresa, a contestação a Paulo Portas tornou-se evidente.Pela primeira vez, nos últimos 20 anos, concorreram duas listas e os opositores de Portas conseguiram obter 47% dos votos, uma percentagem histórica nunca conseguida por uma lista de oposição no CDS.
Mais tremidas ainda, estiveram as eleições para a Juventude Popular ( a fábrica de jotinhas dos centristas), onde alista de Adolfo Mesquita Nunes venceu apenas por 12 votos.
Parece evidente que a contestação a Portas está a aumentar de tom, pelo que se compreendem os apelos lancinantes de Portas a Coelho, para que o nomeie comissário europeu.
Por muito que os adeptos de Portas desvalorizem os resultados alcançados pela oposição, uma coisa é certa: a única saída airosa para o Paulinho das Feiras será um bilhete para Bruxelas com viagens pagas. Para o conseguir, Paulo venderá a alma ao Diabo. E ainda outras coisas, se o Demo lhas exigir.