Fotos minhas |
Lisboa, 23 de Fevereiro, 15 horas ( hora local)
De Kiev a Caracas fiz stop over em Lisboa. Reinava a calmaria na cidade, no mesmo dia em que um bardamerdas qualquer dizia que os portugueses estavam pior, mas o importante era que Portugal estava melhor. Claro que quando o governo diz que Portugal está melhor quer dizer que já descobriu o pote da corrupção e a forma de o lamber. Quer dizer que a venda do país a retalho e a desbarato a estados estrangeiros ( este governo chama a isso privatização!!!) está a correr bem para as contas bancárias de alguns.
Quer dizer que os portugueses podem começar a sentir as melhorias depois de “eles” terem esvaziado o pote e estarem saciados. Quer dizer, enfim, que os portugueses estão lixados e vão ter cada vez menos segurança social, menos salários, menos educação, menos saúde, menos trabalho mas, em compensação, pagarão mais impostos. O povo português anda feliz e isso é que é importante. Mesmo que este governo dizime metade da população, haverá sempre portugueses a dizer que não havia alternativa.
É isto que faz dos portugueses um povo ímpar. Não é por ser cobarde e analfabeto. É por ter, como primeira opção de vida, ser subserviente perante o poder. O português não luta contra as injustiças, a corrupção, ou as desigualdades sociais. O português luta por ser um bocadinho beneficiado pela corrupção, ludibriando o Estado quando não pede nem passa facturas, porque não sabe que se está a prejudicar a ele mesmo.
O português luta para nunca ser apanhado pela justiça, mas exige que a justiça seja aplicada aos outros.
O português acredita que a pobreza é uma inevitabilidade que só pode ser atenuada com a caridade. Por isso admira a Jonet e contribui para os bancos alimentares contra a Fome ( ignorando que está a encher os bolsos aos Belmiros e Alexandres, tornando-os ainda mais ricos).
O português luta para nunca ser apanhado pela justiça, mas exige que a justiça seja aplicada aos outros.
O português acredita que a pobreza é uma inevitabilidade que só pode ser atenuada com a caridade. Por isso admira a Jonet e contribui para os bancos alimentares contra a Fome ( ignorando que está a encher os bolsos aos Belmiros e Alexandres, tornando-os ainda mais ricos).
O português ouve, num qualquer congresso partidário, o PM dizer que temos de empobrecer ainda mais e fazer mais sacrifícios e, no dia seguinte, vai trabalhar feliz e acusar de malandros os que estão a fazer greves na defesa dos seus direitos. O português é o povo ideal para os glutões europeus. E o português inculto, analfabeto e subserviente, gosta que os glutões europeus gostem dele.