Quando Mia Farrow acusou Woody Allen de pedofilia, enfileirei no grupo de descrentes que torceu o nariz. Aquilo era despeito de alguém que se sentiu rejeitado e resolveu vingar-se. Não defendi essa teoria apenas para fazer coro com os meus amigos que, como eu, veneravam WA. Defendi-a porque, pelo meu divã, passaram vários casos de mulheres enjeitadas cuja capacidade para engendrar histórias rocambolescas sobre os ex ultrapassavam muito a minha capacidade onírica.
É por isso que hoje,
ao ler esta notícia com as acusações da filha, continuo
a acreditar que WA é inocente e está a ser vítima de uma maquinação. Sabem porque é que mantenho a convicção da inocência de WA? Muito simples... a acusação da filha adoptiva surge dias depois de WA ter recebido o prémio Cecil B. De Mille. Há coisas que não se revelam aproveitando ondas mediáticas positivas da figura que se quer visar. Leiam a notícia com atenção. Não é preciso ser psicólogo para perceber que ali há muita neblina discursiva. Motivada, quiçá, por algumas exigências que não foram aceites por WA.
Obviamente que não rasgo as vestes em defesa da minha teoria, mas que ela tem pés para andar, não tenho dúvidas. É um saber de experiência feito que me aconselha a ser prudente nesta matéria. Antes de apontarem o dedo acusador a WA, levem Mia e a filha ao divã, se faz favor...