No rescaldo da reunião de iluminados em Oliveira do Bairro, quero prestar homenagem à juventude centrista, pela sua capacidade em demonstrar que já é possível reclamar abertamente o regresso ao Estado Novo e garantir, no mínimo, o silêncio cúmplice dos parceiros da Laranja Mecânica e, muito provavelmente ( mas isso não posso garantir, porque ando longe das televisões) a bovinidade dos comentadores.
Não consigo esconder a emoção quando ouço os nossos governantes exigir à geração dos avós solidariedade, abdicando das suas reformas e pensões para garantir o futuro aos jovens. Emociono-me, porque estes jovens merecem toda a minha consideração e respeito, pela defesa das conquistas de Abril.
A redução da escolaridade obrigatória do 12º para o 9º ano e a alteração profunda da Constituição, de molde a extirpar os maus cheiros de Abril e introduzir o perfume do texto constitucional do Estado Novo, são medidas muito sensatas que garantem o regresso ao passado que centristas e laranjinhas tanto anseiam.
Ou seja... é para apoiar filhos da puta que cospem nos pais e avós que lhes custearam os estudos e satisfizeram todos os caprichos, sem nunca saberem dizer não, que este governo me rouba quase metade da reforma a que eu teria direito? Vão bardamerda! Vão defender os jovens chulos e sem memória para o C@r#£&%! Se eu tivesse um filho nas juventudes governativas que me fizesse isto, obrigá-lo-ia a restituir-me todas as despesas com a sua educação. Vão trabalhar!