É sabido que o delegado do governo no Palácio de Belém costuma ser muito ponderado na análise dos diplomas que lhe são enviados pelo governo e fundamentar as suas decisões em pareceres dos assessores. Costuma, por isso, esgotar todos os prazos, antes de anunciar que não envia os diplomas para apreciação prévia do Tribunal Constitucional. porque os seus assessores lhe garantiram que era tudo constitucional.
Se o delegado Aníbal tivesse um pingo de vergonha e uma conduta ética mínimamente aceitável, já teria pedido desculpa aos portugueses por ter violado diversas vezes o juramento de "cumprir e fazer cumprir" a Constituição, promulgando diplomas inconstitucionais.
Só que o sr. Aníbal, além de não ter vergonha, também não tem ética e, em certas ocasiões, faz gala em mostrar a sua índole pouco recomendável a todos os portugueses. Como aconteceu hoje.
O delegado Anibal recebeu na segunda-feira os diplomas do governo com o corte dos salários da função pública e dos pensionistas e, ontem, uma carta do governo a pedir que os enviasse para o TC, para fiscalização preventiva.
ogica
Lesto como nunca, o sr Cunha Silva enviou hoje mesmo os diplomas para apreciação do TC. Bastou-lhe uma carta de Passos Coelho, para prescindir dos pareceres dos assessores. Não sei se tanta celeridade se deve à carta ou ao facto de estar ansioso por ir de férias para a Coelha.
Está desejoso de tomar umas banhocas com o seu amigo e vizinho vigarista Oliveira e Costa e não quer que o chateiem enquanto está a combinar o futuro com o seu conselheiro financeiro, ex-presidente do grupo de bandidos do BPN, que tão belos lucros lhe permitiu auferir.
Está desejoso de tomar umas banhocas com o seu amigo e vizinho vigarista Oliveira e Costa e não quer que o chateiem enquanto está a combinar o futuro com o seu conselheiro financeiro, ex-presidente do grupo de bandidos do BPN, que tão belos lucros lhe permitiu auferir.