Escrevi vários posts, antes e depois das eleições autárquicas, onde procurei fazer uma análise sobre o fenómeno dos independentes. Num dos últimos posts, manifestava a esperança de os partidos tirarem as devidas ilações dos resultados obtidos pelos independentes.
A avaliar pelo que se está a passar em Sintra ( devo dizer que nada conheço sobre as tricas políticas de Sintra e posso, por isso, estar a fazer um juízo errado) nada mudou ou vai mudar.
Basílio Horta anunciou que se vai coligar com o PSD e a CDU em Sintra. Rejeitou qualquer aliança com Marco Almeida, que conquistou o mesmo número de vereadores do PS, alegando que a candidatura de Marco Almeida era independente e contra os partidos.
Parece-me uma postura errada. A última coisa que desejo é a proliferação de candidatos pseudo-independentes como Marco Almeida mas, colocar-lhes um estigma por concorrerem à margem dos partidos é uma opção perigosa. Um dia destes pode voltar-se contra o próprio PS que devia ter sido mais humilde e reconhecer o erro grosseiro que cometeu em Matosinhos ao apoiar um independente contra a vontade dos matosinhenses.
Os independentes não são uma solução em democracia mas, em determinados momentos, podem ser fundamentais para a consolidar, se os partidos souberem interpretar os resultados eleitorais.
Infelizmente, parece que esta gente não aprende nada.