segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Um pedido aos eleitores laranja
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Defenestração do traidor Miguel de Vasconcelos |
Se isso vos faz felizes, continuem a acreditar que a crise portuguesa é da nossa exclusiva responsabilidade e que os alemães, nossos amigos, estão muito preocupados com a situação do país;
Continuem a acreditar que a Merkel e o sacana do paraplégico nos querem ajudar a sair da crise;
Continuem a pensar que todos os números que vão saindo a público, nestes últimos dias, indiciam a recuperação (e nada têm a ver com as eleições autárquicas que se aproximam);
Continuem a acreditar que a troika adiou a sua vinda a Portugal para fazer a 8ª e 9ª avaliações, por meras razões técnicas ( que nada têm a ver com as eleições alemãs e com as medidas de austeridade que o governo vai anunciar depois das nossas autárquicas);
Acreditem no que quiserem- até na fábula do Durão Barroso, preocupado com Portugal- mas, por favor, leiam isto e abram os olhos.
Pelo menos façam um esforço para perceber quais são os interesses de Pedro Passos Coelho, Maduro e outros ministros e ministeriáveis, quando saem em defesa dos pobres países do Norte que andam a pagar os vícios dos malandros do sul. Por muito menos, um punhado de valentes defenestrou o traidor Miguel de Vasconcelos.
Já agora, meus caros ingénuos laranjinhas, ainda não perceberam a razão de o vosso amado líder ter acabado com o feriado do 1º de Dezembro?
Estarei a ver mal a questão?
Qualquer trabalhador, público ou privado, pode ver as suas férias interrompidas se a entidade patronal invocar motivo relevante.
Não aceito, por isso, que os senhores juízes do Tribunal Constitucional se recusem a interromper as suas férias para analisar e votar um diploma sobre uma matéria que põe em causa o futuro de milhares de famílias portuguesas.
Oxalá isso não signifique uma alteração do sentido do voto do plenário, nem a garantia de que os senhores juízes terão os seus privilégios intocáveis, porque de suspeições está a justiça cheia...
Indignados, porquê?
Os bombeiros estão revoltados com o silêncio de Cavaco sobre a morte de três dos seus membros e ontem aproveitaram para manifestar o seu desagrado colocando mensagens no FB da presidência, na página onde o PR exprimia o seu pesar e fazia o elogio fúnebre de um fulano que pretendia a redução dos salários dos os trabalhadores portugueses para resolver a crise
Não percebo a indignação dos bombeiros. Deram dinheiro a ganhar a Cavaco? Não! Foram informadores da PIDE? Não!
Os bombeiros já deviam saber que Cavaco reconhece o mérito do trabalho de ex-agentes da PIDE e de gente que lhe deu dinheiro a ganhar, como o amigo Oliveira e Costa. (Ainda será condecorado pelos bons serviços prestados ao país, antes de Cavaco terminar o seu mandato, vão ver!). No entanto, Cavaco fez questão de vir a terreiro apresentar uma desculpa extraordinária: a morte de bombeiros exige recato; a de Borges deve ser publicitada. Porquê?
Provavelmente porque Borges- que para aconselhar o governo nas privatizações levava para casa 25 mil mocas por mês- vai poupar 300 mil€/ano ( e mais uns trocos) ao Estado e, morrendo com 63 anos, prescindiu da reforma. Morreu servindo o país, enquanto os bombeiros morrem por uma razão mesquinha -e dispendiosa para o Estado- que é salvar vidas e património.
Provavelmente porque Borges- que para aconselhar o governo nas privatizações levava para casa 25 mil mocas por mês- vai poupar 300 mil€/ano ( e mais uns trocos) ao Estado e, morrendo com 63 anos, prescindiu da reforma. Morreu servindo o país, enquanto os bombeiros morrem por uma razão mesquinha -e dispendiosa para o Estado- que é salvar vidas e património.
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