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Albert Camus (1913-1960) |
Curta foi a vida de Camus, mas extensa a matéria de reflexão que nos deixou nos seus livros. Entre eles, dois que todos os jovens deviam ser obrigados a ler: “ O Estrangeiro” e “A Peste”.
Mais de meio século passado sobre a sua publicação e a morte de Camus, “O Estrangeiro” continua a ser um sucesso de vendas e a sua leitura recomendada por muitos professores.
A classificação de romance como existencialista sempre desagradou a Camus, o jornalista breve militante comunista que sempre rejeitou as modas dos tempos e desconfiava de todos os poderes, independentemente da sua marca ideológica.
Em “A Peste” , Camus evidencia os males pestíferos do século XX. Se ainda fosse vivo, talvez o reescrevesse, apenas com umas ligeiras diferenças.
Li estes dois livros na adolescência. Ficaram para sempre gravados na minha memória, com a anotação de que os deveria voltar a ler em adulto. Com outro olhar. É o que estou a fazer neste momento. Comecei por “A Peste” e seguir-se-á “O Estrangeiro”. Se tiver oportunidade e o encontrar por aí à venda, ainda vou revisitar " O Mito de Sísifo", um notável ensaio filosófico sobre o homem fútil que procura um sentido na vida.
Para trás fica uma pilha de livros ainda por ler, mas há alturas em que é melhor optar por voltar ao passado, para melhor podermos compreender e interpretar o presente e percepcionar o futuro.
Albert Camus recebeu o Prémio Nobel em 1957. O próprio terá ficado surpreendido, porque André Malraux e Jean Paul Sartre eram apontados como os favoritos.