Já tinha percebido que D. Isabel- a Jonet, não a de Aragão- era mais caridosa do que solidária, mas ela fez questão de o relembrar nesta entrevista ao jornal i.
Para D. Isabel, o importante é a caridade, porque isso da solidariedade social é uma coisa fria que tem a ver com essa chatice dos direitos adquiridos e leva muito dinheiro ao Estado.
Ficamos pois todos a saber que a D. Isabel gosta é de ter muitos pobrezinhos por quem velar, que lhe beijem as mãos agradecidos, se rojem ao chão em prantos veneratórios, gratos por tamanha indulgência. É com a miséria dos outros que ela se glorifica e espera alcançar o reino celestial. Os direitos adquiridos, a dignidade da pessoa humana, são desprezíveis construções marxistas que ela detesta, porque a impedem de atingir a glória eterna. Ela sabe que sem a caridadezinha e sem os pobrezinhos seria insignificante. Inútil. Apenas uma Tia com saudades da Supico Pinto e do Movimento Nacional Feminino. Para a D. Jonet, o ideal seria mesmo uma guerra, para poder distribuir cigarros aos soldados, escoltada por jeeps, tanques e muitas câmaras de televisão. Para ela, quanto mais sangue e mais miséria melhor, porque esses são os alimentos que engordam a sua notoriedade.
Alguns pensarão que a D. Isabel é apenas idiota. Não se iludam! Ela é mesmo fascista e quer que todos o saibam!