IDIOTAS! É o epíteto mais suave que encontro para rotular os apresentadores do programa de humor australiano que se fizeram passar pela rainha de Inglaterra e pelo príncipe Carlos, num telefonema para o hospital onde estava internada Kate Middleton.
Na sua profunda estupidez não lhes passou pelas cabeças ocas que, no caso de a sua tentativa ser bem sucedida, haveria, no mínimo, uma vítima que iria ser despedida por negligência.
Admito que os apresentadores do programa não tenham pensado nisso mas, quando se dirige um programa de larga audiência, não se pode agir como crianças irresponsáveis e traquinas que se deleitam a pregar partidas.
Como os próprios já reconheceram, pensavam que a sua tentativa não resultaria e lhes desligassem a chamada. No entanto, quando perceberam que iriam ter êxito, em vez de se identificarem, prosseguiram na "brincadeira" inebriados com o seu sucesso e sem pensar nas possíveis consequências.
O seu gesto irreflectido provocou a morte de uma pessoa. Provavelmente, uma pessoa boa e digna que não suportou o peso de um erro involuntário, só possível porque se tratava de uma pessoa que não acreditava na maldade.
O humor infantil e idiota de dois adultos funcionou como uma arma. Mortífera e de longo alcance. Um drone comandado à distância, igual ao utilizado pelos americanos para matar ou atingir alvos a milhares de quilómetros. A diferença é que, neste caso, sabemos quem tripulava o avião.