Sinceramente, não percebo a razão de tanto espanto. No Estado existe a tradição secular de concursos feitos à medida para nomear chefias ou mesmo para progressão na carreira.
Conheço, por exemplo, o caso de um director geral que anulou três concursos para um determinado lugar, até que uma sua familiar estivesse em condições de concorrer. Adivinhem quem ganhou o concurso...
Em "Memórias de Nova Iorque e outros Ensaios", o professor João Lobo Antunes conta que se demitiu de um júri de concurso, quando percebeu que o aviso de abertura tinha sido feito à medida de determinado candidato.
As histórias sobre concursos feitos à medida é infindável e, cada vez que se alteram os critérios com o objectivo de os tornar mais transparentes, apenas se está a tentar enganar as pessoas.