Terminados os JO, retomo a série sobre os objectos que mudaram o mundo. Em dias de calor, nada melhor do que recordar este nosso amigo, não vos parece?
Em 1913 Marcel Proust publica o primeiro volume
de “ A la Recherche du Temps Perdu” e, num restaurante parisiense, um cozinheiro é admoestado pelo patrão, porque está a cortar as batatas muito grossas e os clientes reclamam.
O cozinheiro Cartier reage com virulência e "inventa" as batatas fritas às rodelas.
Quem nunca as terá provado, terá sido Pu-Yi- o pequeno imperador chinês que subira ao trono em 1908, com apenas três anos e abdica neste ano de 1913. Terá sido, provavelmente, o único grande líder mundial que ascendeu ao Poder e dele abdicou, sem nunca se ter apercebido do que estava a fazer.
Quem tem razão para sorrir são as donas de casa pois, nesse mesmo ano, inicia-se o fabrico dos frigoríficos
domésticos. O preço era ainda elevadíssimo e só algumas bolsas o alcançavam.
À época também ninguém se preocupava com o facto de os frigoríficos serem demasiado energívoros, por isso eram blocos canhestros como o que a foto reproduz, que devoravam kilowatts com a rapidez dos coelhos a comer cenouras.
Anos mais tarde, quando os frigoríficos começam a ficar mais elegantes e a adapatar-se às cozinhas das casas modernas, a UE dividirá os frigoríficos em classes, de acordo com a sua apetência para o consumo de energia. O problema é, que nos tempos que correm, há cada vez mais gente que não tem nada paar meter lá dentro...
Eu ainda sou do tempo em que alguns alimentos ( como a carne) se conservavam num" tarro"- recipientes feitos em cortiça capazes de permitir a conservação de alimentos durante algumas horas.
Para quem não saiba o que é um tarro, aqui fica uma imagem roubada aqui