
Em Agosto de 2009 escrevia aqui sobre
a "movida" do PortoDescrevia, então, a satisfação de ver o centro da cidade animado à noite, com muitos jovens na rua, fazendo-me lembrar algumas cidades espanholas. Lamentava, porém, os exageros de alguns jovens que não sabem beber.
Desde então, voltei várias vezes à noite do Porto e, com o decorrer do tempo, fui percebendo que o encanto inicial se ia dissipando porque, a partir de determinada hora os vendedores ambulantes substituíam-se aos bares vendendo na rua bebidas a preços mais apetecíveis. Depois , o fenómeno do "botellón" importado de Espanha, começou também a invadir as ruas e, da última vez que passei pela noite tripeira, vi miúdas de 13 e 14 anos completamente embriagadas, sentadas em soleiras de portas, à espera sabe -se lá de quê.
Enquanto as ruas se animam, muitos bares estão às moscas e alguns em risco de encerrar as portas.
Espero que as suas palavras não caiam em saco roto. Baixar as taxas e impostos dos estabelecimentos que dão vida nocturna ao Porto, permitindo-lhes praticar preços mais baixos, seria talvez uma boa medida, mas exercer mais fiscalização sobre os vendedores ambulantes e evitar a proliferação do "botellón" parece-me também necessário. E, acima de tudo, urgente, porque se a "movida" tripeira continuar a degradar-se, corre o risco de morrer com a crise.