
Faz hoje 38 anos que os Estados Unidos assassinaram Salvador Allende, o presidente chileno eleito democraticamente, para colocar no poder um execrável, cobarde e sanguinário ditador: Augusto Pinochet.
Se no longínquo ano de 1973 os EUA respeitassem os governos eleitos democraticamente, nunca teriam ajudado Pinochet a matar Allende. Para azar dos sul-americanos, os EUA só se preocupam com o governo democrático da Geórgia ( no que são seguidos por babados analistas políticos de fraca memória) ou em garantir o exercício do poder democrático em países onde o petróleo jorra a rodos e os ditadores que lá instalaram, deixaram de lhes obedecer.
Tive a felicidade de trabalhar com um ex-ministro e um ex- secretário de Estado de Allende, que escaparam à implacável polícia política de Pinochet. Pude , por isso, perceber como o 11 de Setembro de 1973 atrasou o crescimento da América Latina em várias décadas. Hoje compreendo, também, que aquele crime hediondo justifica o aparecimento de Chavez, Morales e outros líderes sul-americanos que querem impôr uma nova ordem no sub-continente americano.
Gostava que todos aqueles que atacam os novos líderes sul-americanos com acusações grosseiras e despidas de qualquer contextualização histórica, percebessem que os países sul-americanos foram até há bem pouco tempo colonizados pelos EUA, que não se coibiram de intervir naquela zona do Globo, para impôr ditaduras sanguinárias, sempre que a escolha dos povos tendia para a democracia.
Acabou-se ( quero acreditar...) o tempo em que a América do Sul era coutada americana. Felizmente, o mundo mudou. Para mim, ficará para sempre viva a memória de Salvador Allende. Um mártir assassinado às mãos de uns bárbaros que pretendem dominar o mundo a seu bel-prazer.
Lamento o 11 de Setembro de 2001, pelas mortes de civis, mas vejo-o como punição à arrogância da administração americana, implacável na defesa dos seus mesquinhos interesses económicos.
Se no longínquo ano de 1973 os EUA respeitassem os governos eleitos democraticamente, nunca teriam ajudado Pinochet a matar Allende. Para azar dos sul-americanos, os EUA só se preocupam com o governo democrático da Geórgia ( no que são seguidos por babados analistas políticos de fraca memória) ou em garantir o exercício do poder democrático em países onde o petróleo jorra a rodos e os ditadores que lá instalaram, deixaram de lhes obedecer.
Tive a felicidade de trabalhar com um ex-ministro e um ex- secretário de Estado de Allende, que escaparam à implacável polícia política de Pinochet. Pude , por isso, perceber como o 11 de Setembro de 1973 atrasou o crescimento da América Latina em várias décadas. Hoje compreendo, também, que aquele crime hediondo justifica o aparecimento de Chavez, Morales e outros líderes sul-americanos que querem impôr uma nova ordem no sub-continente americano.
Gostava que todos aqueles que atacam os novos líderes sul-americanos com acusações grosseiras e despidas de qualquer contextualização histórica, percebessem que os países sul-americanos foram até há bem pouco tempo colonizados pelos EUA, que não se coibiram de intervir naquela zona do Globo, para impôr ditaduras sanguinárias, sempre que a escolha dos povos tendia para a democracia.
Acabou-se ( quero acreditar...) o tempo em que a América do Sul era coutada americana. Felizmente, o mundo mudou. Para mim, ficará para sempre viva a memória de Salvador Allende. Um mártir assassinado às mãos de uns bárbaros que pretendem dominar o mundo a seu bel-prazer.
Lamento o 11 de Setembro de 2001, pelas mortes de civis, mas vejo-o como punição à arrogância da administração americana, implacável na defesa dos seus mesquinhos interesses económicos.
Neste 11/09/11 o governo chileno de Sebastian Piñera está a enfrentar forte contestação nas ruas. A comunicação social portuguesa, embasbacada com a primavera árabe, e por ora concentrada na revolta líbia, aborda a contestação nas ruas de Santiago do Chile e nas principais cidades chilenas, em nota de rodapé, como se de um "fait divers" se tratasse.
Este post foi pré-agendado, mas estou tentado a apostar que a comunicação social portuguesa se desdobrará em notícias e evocações sobre os 10 anos do ataque às Torres Gémeas e, salvo uma ou outra evntual excepção, que reservará uma nota de rodapé para lembrar o assassinato de Allende, a maioria ficará num rigoroso silêncio. Resta saber se por comprometimento, ou por ignorância.