Passos Coelho está de férias há mais de um mês. Depois do Algarve, resolveu viajar pela Europa e dar um salto até à Alemanha ( com escala em Madrid) para se ajoelhar diante de Ângela Merkel e envergonhar o país.
Algumas imagens da visita proporcionadas pelas televisões são patéticas, com Coelho aos saltinhos em volta da senhora Merkel ( sem saber se lhe havia de dar a direita ou a esquerda...) mas o tom subserviente do seu discurso foi do mais nojento que vi em Portugal, desde a "brigada do reumático".
Enquanto viaja pela Europa, Passos Coelho vai osculando os microfones da comunicação social,para mandar uns bitaites e ontem, para espanto geral, disse que o que se está a passar na Líbia é " uma espécie de 25 de Abril" !
Primeiro fico estupefacto com a comparação mas,
quando leio a coluna da Fernanda Câncio hoje no DN, percebo que o homem não disse aquilo por mal. Foi só porque não é homem de boas contas ( encerrou a dele no Twitter no dia 5 de Junho) e dali não se pode esperar mais nada. Afinal, pelas minhas contas, ele ainda devia fazer xixi na cama e apanhar umas palmadas no rabiosque quando se deu o 25 de Abril e depois, nós sabemos como é o ensino em Portugal. Devem ter-lhe ensinado que o 25 de Abril foram "africanos a invadir Portugal em aviões fretados da Nato para derrubar o regime " e como o rapaz à época devia ser um bocado preguiçoso, pouco dado a investigar fosse o que fosse, não se deu ao trabalho de saber mais. O que sabia já dava para passar com 10!
O problema é que Pedro Passo Coelho cresceu e é, agora, uma espécie de primeiro-ministro, escolhido por 2 milhões de portugueses cansados de Sócrates, crentes de que qualquer vendedor de banha da cobra, a exercer na Feira da Ladra, poderia substituí-lo. ( Ouvi alguém dizer isto há dias numa esplanada cascaense...)
Como nenhum se candidatou, votaram no candidato com discurso mais parecido. Só quando regressaram a casa, depois de férias, é que constataram que tinham sido enganados. Azar!
Como acontece nos saldos, aqui também não há devoluções. Deviam ter sido mais cuidadosos e verificar se o produto vinha com defeito. Não o fizeram e agora é tarde... A única solução é telefonar para a Caritas e oferecê-lo para alguns carenciados da Líbia. Duvido é que por lá o aceitem...