Cumprido o primeiro mês de actividade do novo governo, o balanço é deprimente. A única centelha de originalidade é a possibilidade conferida às empresas de reduzirem os vencimentos dos trabalhadores, para compensarem o fundo que terão de criar para pagar os despedimentos. Realmente, pôr os trabalhadores a pagarem os seus próprios despedimentos, é uma originalidade que não passava nem pela cabeça de um tinhoso.
Quanto ao resto:
-A promessa de cortes na despesa continua vaga. Não foi anunciada uma única medida que preveja cortes nos custos de funcionamento;
Quanto ao resto:
-A promessa de cortes na despesa continua vaga. Não foi anunciada uma única medida que preveja cortes nos custos de funcionamento;
- Em contrapartida, anuncia-se o encerramento de serviços públicos ( nada contra, se isso não implicar despedimentos, mas o problema é que o governo dá mostras de não saber onde cortar, nem como cortar), agravamento dos impostos e corte do subsídio de Natal;
-Corre a bom ritmo a nomeação de boys para empresas públicas e aumentam os números de lugares nas administrações, ao invés do corte prometido;
- A diminuição de ministérios foi compensada com o aumento do número de secretários de estado;
- As medidas de sustentabilidade são contraditórias. Enquanto uma ministra liberta os funcionários das gravatas, outro aumenta o preço dos títulos de transporte, desincentivando o recurso aos transportes públicos;
- A avaliação dos professores, chumbada em Março, foi recuperada quatro meses depois;
- Foi anunciado um orçamento rectificativo para apoiar a banca;
- Foi aprovada uma lei para facilitar os despedimentos e nada de incentivos ao emprego dos jovens;
- As agências de rating mandaram Portugal para o lixo;
- O governo pagou os serviços de alguns jornalistas disfarçados de bloggers e nomeou-os para gabinetes governamentais;
- Continuam os assaltos a gasolineiras e os incêndios;
Etc...etc... etc....
Apenas duas coisas mudaram com este governo:
- Cavaco abandonou aquele ar de quem está zangado com o mundo e anda sorridente e feliz. Até descobriu que a crise afinal resulta de uma conjugação adversa de factores externos, que as agências de rating são um gupo de malandros e (imaginem!) que talvez seja necessário exigir mais à Europa;
-Alguns jornalistas que apoiaram Passos Coelho, disfarçados de bloggers, deixaram de criticar algumas medidas do governo Sócrates, para passar a a apoiar as mesmas medidas, agora tomadas por este governo.
-Corre a bom ritmo a nomeação de boys para empresas públicas e aumentam os números de lugares nas administrações, ao invés do corte prometido;
- A diminuição de ministérios foi compensada com o aumento do número de secretários de estado;
- As medidas de sustentabilidade são contraditórias. Enquanto uma ministra liberta os funcionários das gravatas, outro aumenta o preço dos títulos de transporte, desincentivando o recurso aos transportes públicos;
- A avaliação dos professores, chumbada em Março, foi recuperada quatro meses depois;
- Foi anunciado um orçamento rectificativo para apoiar a banca;
- Foi aprovada uma lei para facilitar os despedimentos e nada de incentivos ao emprego dos jovens;
- As agências de rating mandaram Portugal para o lixo;
- O governo pagou os serviços de alguns jornalistas disfarçados de bloggers e nomeou-os para gabinetes governamentais;
- Continuam os assaltos a gasolineiras e os incêndios;
Etc...etc... etc....
Apenas duas coisas mudaram com este governo:
- Cavaco abandonou aquele ar de quem está zangado com o mundo e anda sorridente e feliz. Até descobriu que a crise afinal resulta de uma conjugação adversa de factores externos, que as agências de rating são um gupo de malandros e (imaginem!) que talvez seja necessário exigir mais à Europa;
-Alguns jornalistas que apoiaram Passos Coelho, disfarçados de bloggers, deixaram de criticar algumas medidas do governo Sócrates, para passar a a apoiar as mesmas medidas, agora tomadas por este governo.
Muito pouco, não vos parece?