terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Toponímia ou pantomina?
Chamar os bois pelos nomes
Quando é que alguém terá coragem de assumir e dizer, sem peias, que a situação do país também se deve a um tecido empresarial ganancioso, obsoleto e resistente à inovação e à mudança?
Quando é que alguém terá a coragem de afirmar que as empresas portuguesas não geram emprego para licenciados, porque quase 90 por cento são propriedade de empresários com a 4ª classe?
Quando é que alguém terá coragem de assumir que há milhares de licenciados com capacidade para tornar rentáveis muitas dessas empresas, mas não o podem fazer, porque a resistência e ignorância dos patrões ( ó doutor, não venha com inovações, porque aqui na empresa fazemos assim há 30 anos e sempre nos demos bem...) não o permite?
Quando é que alguém terá a coragem de reconhecer que a falta de competitividade das nossas empresas não é culpa dos salários altos, nem da rigidez das leis laborais, mas sim de um patronato velho e caduco que não se modernizou?
Quando é que alguém terá coragem para acabar com a generalizada subsidiodependência dos empresários, só dispostos a correr riscos quando sentem o apoio da mão protectora do Estado?
Desaparecidos
