Alberto João Jardim anda há mais de 30 anos a dar-nos baile. Passos Coelho anda há meses a falar de transparência. Hoje ficámos a saber que o governo também nos tem andado a dar baile. Na entrevista a Judite de Sousa esquivou-se a falar da Madeira e só hoje, depois de a troika ter divulgado que o governo português andava a mentir ao portugueses, é que o sr. Gaspar reconheceu, com aquele ar compungido que quer fazer sua imagem de marca, que a situação na Madeira está insustentável. É a isto que eles chamam transparência?
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
O bailinho da Madeira
Alberto João Jardim anda há mais de 30 anos a dar-nos baile. Passos Coelho anda há meses a falar de transparência. Hoje ficámos a saber que o governo também nos tem andado a dar baile. Na entrevista a Judite de Sousa esquivou-se a falar da Madeira e só hoje, depois de a troika ter divulgado que o governo português andava a mentir ao portugueses, é que o sr. Gaspar reconheceu, com aquele ar compungido que quer fazer sua imagem de marca, que a situação na Madeira está insustentável. É a isto que eles chamam transparência?
Caderneta de cromos (30)
Nunca é demais lembrar que o professor dizia, em tempos, que Pedro Passos Coelho era uma versão de Sócrates… “piorada”.
Ora desde que este governo tomou posse, Marcelo tem alternado umas ferroadazinhas a diversos ministros, com a repetida declaração de que Passos Coelho é uma pessoa honesta.
O professor deve ter um conceito de honestidade tão peculiar, que lhe permite transformar os defeitos de Sócrates em virtudes de Coelho! Só assim se explica que um primeiro-ministro que já ignorou mais de uma dúzia das suas promessas eleitorais e tem sido apanhado em sucessivas mentiras, seja considerado um modelo de honestidade.
Começo, aliás, a pensar que o mensageiro das noites domingueiras da TVI tem um problema com o dicionário. Ainda no último domingo o ouvi dizer que, por muito gravosas que sejam as medidas tomadas por este governo, os portugueses nunca se revoltarão nas ruas, porque têm “consciência cívica”!
O professor confunde “consciência cívica” com “molenguice”. Se o povo português tivesse consciência cívica , não cuspia no meio da rua,limpava os cocós do cão quando o leva a passear, não atirava o lixo para o chão, era disciplinado no trânsito, respeitava as filas nas paragens dos autocarros, cedia o seu lugar às grávidas, quando está a ocupar os lugares que lhes estão reservados nos transportes públicos, não estacionava em segunda ou terceira fila, não aparcava em lugares destinados a deficientes…
O povo português não se revolta porque é um povinho foleiro, professor… não é por ter consciência cívica.
Camaleão ou oportunista?

E o vencedor é...
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Late night wander (98)
Portalegre. Ou será triste?

Vamos fazendo a escalada ( pouco íngreme) , trocando dois dedos de conversa aqui e ali. À falta de indicações, pergunto a um ancião, em gozo dos favores de uma sombra, se vamos no bom caminho. Afirmativo. Temos sede. Aproveito para perguntar se há alguma esplanada no castelo.
" Não me parece! Já houve lá várias, mas faliram todas. Quem é que vai almoçar ao castelo aqui em Portalegre?"
- "Então e os turistas?"
Sorri...
Dou-lhe razão. A cidade evoluiu muito pouco desde o tempo em que lá vivi, durante três meses, nos anos 70. Parece que o tempo por ali parou. Continuamos a subir. Cruzamo-nos com uma família espanhola e, num cotovelo da rua, com duas jovens escandinavas em sentido descendente.
Big Brothers are f.... you
Post roubado
- Como é que sabes?
- Houve lá um terramoto…
( Roubei aqui)
Sucessos de Verão (37)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Late night wander (97)
- Lavar-me. Depois de todas as campanhas eleitorais por que iremos passar ( haverá legislativas em Dezembro de 2011), vai ser preciso dar muita atenção à higiene"
( Vladimir Putin ao Nezavissimaia, citado no Courier Internacional)
Ver para crer? Isso era dantes...
Tentar desculpabilizar as atrocidades do regime de Kadhafi pode ser um belo exercício de dialéctica para aquietar alguns espíritos , mas não mais do que isso.
Parece-me no entanto importante chamar a atenção para a forma como a comunicação social e alguma blogosfera tem tratado o assunto, fazendo crer que de um lado estão os maus (os fiéis a Kadhafi) e do outro os bons ( os que o querem apear). As coisas não são assim tão simples...
Vem isto a propósito das imagens que têm sido transmitidas à exaustão, alertando a opinião pública para os crimes horrendos que foram cometidos pelo ditador.
Seria de elementar bom senso e respeitador dos mais elementares critérios jornalísticos que antes de exibirem na televisão as imagens de corpos calcinados, além de chamarem a atenção para a crueldade que as imagens deixam transparecer, os jornalistas lembrassem:
“ Estes crimes cometidos pelo regime de Kadhafi foram avalizados pelos países que, durante 42 anos, o apoiaram sem uma única crítica e até se tornaram cúmplices, quando lhe concederam o privilégio de presidir à comissão dos direitos humanos da ONU”
Depois, no final, teria ficado bem lembrar os telespectadores que os jornalistas só puderam entrar no bunker de Kadhafi três ou quatro dias depois de os rebeldes lá entrarem, terem procedido a inúmeros saques e, eventualmente, algumas manipulações destinadas a atrair as simpatias da opinião pública.
É que eu não me esqueço da forma como foram fabricadas as provas que justificaram a invasão do Iraque; ainda me lembro das atrocidades cometidas pelas tropas americanas no Iraque, cujas imagens foram, normalmente, acompanhadas de comentários que as branqueavam; não esqueço os crimes de Abu Ghabi e Guantánamo, nem os voos clandestinos de transporte de presos, que tiveram a conivência de vários países ocidentais; ainda tenho frescas na memória imagens de outras atrocidades cometidas pelos americanos em vários pontos do globo, desde a América Latina ao Vietname e não esqueço, enfim, o apoio dos americanos às sangrentas ditaduras latino-americanas e o seu envolvimento no derrube de Allende ( para não falar de Grenada, Cuba e muitos outros)
As imagens que vi do bunker de Kadhafi, ou dos hospitais de Tripoli, não me impressionaram? Claro que sim, não sou insensível…o problema é que, tendo na memória os episódios referidos, não posso confiar cegamente naquilo que me foi exibido. Já não me basta, como a S. Tomé, ver para crer. Quero saber toda a história que eventualmente possa estar por detrás delas.
Pronúncia do Norte (32)
- Vou ali a Costa Cabral comprar uns coturnos.
- Então não queres que faça bolo de bolacha para o jantar?- perguntou-me ela
Ficou a olhar para mim sem perceber a razão de eu ter soltados várias gargalhadas.
E vocês, gentes do Sul, sabeis o que são coturnos?
Se não souberem, consultem esta entrada do Dicionário do Rochedo
Gosto de pessoas sérias e frontais
E a resposta é...
Sucessos de Verão (36)

domingo, 28 de agosto de 2011
As praias das nossas vidas- The End
A todos muito obrigado.
Tentei criar um selo para homenagear todos os participantes, mas a única coisa que consegui foi perceber que sou um analfabeto funcional nessa matéria.
Assim, apenas vos ofereço esta foto, tirada em Saint Malo, em2008, que já foi porta de entrada para este Rochedo.
Entretanto, aqui ficam os meus renovados agradecimentos a todos os participantes, por ordem de entrada em cena:
Rodrigo
Sinapse
Janita
Pedro
Helena
Carlota
Adélia
Paulo
Sonhadora
Cat
Rosaamarela
Catarina
Gabi
Luísa
Ariel
Teté
Rogério
Teresa
Bate, bate, coração (22)

Com os votos de rápidas melhoras

Procupado com os problemas de saúde da nova geração laranja, tenho o maior prazer em oferecer ao Carlos Abreu Amorim duas embalagens deste medicamento que, afiançaram-me, é eficaz na cura do grave problema que parece estar a afectá-lo.
sábado, 27 de agosto de 2011
Prova de vida da vodka laranja

Sucessos de Verão (34)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Dissertação sobre o caruncho
Segundo informação que colhi na Wikipédia o caruncho, insecto que todos conhecemos por perfurar a madeira reduzindo-a a pó, é um xilófago. E o que é um xilófago?-perguntarão os leitores. É uma espécie de parasita que se alimenta da madeira, cujo nome se confunde facilmente com xipófago, outro insecto conhecido também por praga da madeira. Os gémeos xipófagos (siameses) são formados a partir do mesmo zigoto e reproduzem-se avassaladoramente. Na Tailândia, um casal de gémeos xipófagos, unidos pelos ombros, casaram-se e tiveram 22 filhos!!!
Ora, depois de obter esta informação sobre a natureza do caruncho, a sua cumplicidade com a praga da madeira e a sua capacidade reprodutora, cheguei à conclusão que devemos ter muito cuidado. É que em Portugal os xipófagos são formados em zigotos cor de laranja e alimentam-se de cachos de bananas ( também conhecidos como cubanos) oferecidas por um coelho manhoso.
Como não está à venda no mercado nenhum insecticida para matar o caruncho e o bicho está a ficar cada vez mais perigoso, a única solução é impedir o coelho de o alimentar . Que tal incriminá-lo por implicação em associação criminosa?
Gravatas e bravatas
Assunção Cristas procura desde o primeiro dia mostrar serviço. Depois do folclore da gravata, medida isolada que não será sequer suficiente para pagar o aumento de 20% nos gastos com telemóveis, avançou com a bravata da Parque Expo. Sem fazer contas. Apenas porque precisava de dizer qualquer coisa, para lembrar aos portugueses que o CDS/PP também está no governo. O mais grave, porém, é a ministra anunciar medidas folclóricas e os portugueses resignarem-se a pagar a festa.
Golden Shares
Este modelo de democracia está esgotado. Faliu no momento em que não soubemos aproveitar a liberdade de Abril que expulsou os parasitas que nos governavam. Não soubemos fazer escolhas e, quando tínhamos tudo para ser felizes, escolhemos para nos (des)governarem os filhos dos parasitas que nos oprimiram durante 40 anos.
E não venham com o argumento de que o Estado não deve ter golden shares, porque são ilegais. Na esmagadora maioria dos países europeus, o Estado não abdicou dos seus interesses e das suas responsabilidades nas empresas que prestam serviços essenciais às populações e continua a ter golden shares.
A rentrée
É a primeira vez, desde o 25 de Abril, que as férias dos deputados respeitam escrupulosamente o período de férias do senhor Presidente do Concelho. Registe-se...
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Noites de cinema
Roubaram um bocado de mim...
Conversas com o Papalagui (58)
- Surdos? Deves ter traduzido mal, Pa!
- Não, não, olha aqui:
" A esquerda anda há 40 anos anos a gritar "os ricos que paguem a crise" e só agora é que eles ouviram!"
Memórias do Chiado

Olhá bela democracia!
Sucessos de Verão (32)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Pim, pam, pum!
Falava ao fim da tarde com um amigo, a quem expressava o meu receio pela possível balcanização da Líbia.
"Isso irá colocar problemas aos países que já prometeram o seu apoio aos rebeldes, sem saberem que grupo apoiar" - dizia-me ele.
Não creio que isso seja problema. Apoiarão aquele que ficar com o petróleo. O grande problema é saber quanto tempo vai demorar ( e quantas mortes irá custar) até que um dos 114 grupos que integram os rebeldes, consiga impôr-se aos restantes ficando com o melhor quinhão.
Com Borges em Buenos Aires

No "viejo Palermo", redescubro em cada pedra um pedaço da história da época, escuto através das típicas ventanas de uma "cantina"ecos de um tango de Gardel e imagino Borges a verter para o papel, como uma epopeia, uma cena de facadas ao ritmo de uma milonga.
Como escrevia Borges, “mais do que uma cidade Buenos Aires é um país e nela se deve encontrar a poesia, a música , a pintura, a religião, a metafísica, de acordo com a sua grandeza.”
E tão fácil é entabular relações com os porteños, ou ceder à tentação de acariciar a cidade com a mesma ternura da descoberta de um corpo de mulher, que o difícil é mesmo não dar razão a Borges. Porque quem não conseguir descobrir essa multiplicidade de facetas que envolve Buenos Aires num longo abraço, não conseguirá apreciar a cidade e dificilmente compreenderá a Argentina.
Allô, allô!
Abutres
Apesar da crise, tudo como dantes...
Figura da semana
Faz hoje cem anos que Manuel Arriaga tomou posse do cargo de presidente da República, que exerceria até Maio de 1915. Eleito pelo Congresso, o primeiro presidente da República recebia 1 conto e quinhentos por mês, mais 500 escudos para despesas de representação. Estava-lhe vedado o direito de utilizar como residência qualquer propriedade do Estado.
Continuou a viver num quinto andar da Baixa e alugou uma casa apalaçada, paga do seu bolso, para receber as personalidades que o visitavam.
Manuel de Arriaga era açoriano e foi eleito deputado pelo círculo da Madeira. ( à época Jardim ainda não era presidente do governo regional…) Quando foi escolhido pelo Congresso para presidente da República, tinha um curriculum invejável que deixará qualquer um dos nossos actuais políticos corado de vergonha ( aqueles que ainda a têm, entenda-se…)
Morreu em 1917 , tendo os seus restos mortais sido trasladados para o Panteão Nacional em 2004.
Sucessos de Verão (31)

terça-feira, 23 de agosto de 2011
Eles comem tudo...

Cheirou-lhes a sangue e não perderam tempo. Os vampiros querem comprar (certamente por tuta e meia) as unidades hoteleiras da Inatel e da Movijovem, alegando que não trazem qualquer valor acrescentado à oferta turística nacional. Em relação à Movijovem não me pronuncio, porque não conheço. Já quanto à Inatel, conheço bem algumas das unidades e devo dizer-vos que são excelentes para o padrão médio nacional. Mas, claro, logo que ouviu a proposta da APHORT, Passos Coelho deve ter começado a salivar e a fazer as suas contas de merceeiro. Já terá mesmo chamado Vítor Gaspar para fazer o negócio a preços de amigo.
À sombra de uma figueira

Fico a saber, via Câmara Corporativa, que o militante do PCP António Figueira, conhecido blogger do 5 dias, foi recrutado para o gabinete de Miguel Relvas. Ao que parece precisava de trabalho, procurou abrigo num Albergue Espanhol e foi resgatado à miséria pelo caridoso Relvas. Embora a minha forma de estar na vida se paute pela coerência, não perderia tempo a escrever sobre o assunto deste blogueiro revolucionário, não se desse o caso de ter lido este comentário de Figueira num post em que explicava a razão de ter aceite o convite:
"...vou servir a função pública e perco dinheiro em relação ao meu emprego anterior; deveria recusar em nome de quê?"
Ora, se o militante do PCP, seguindo o exemplo de outras gradas figuras do PSD, vai perder dinheiro, então aceitou o convite por convicção e isso é que já me parece mais estranho. Um militante do PCP a servir, por amor à causa, o PSD? Bem, já vi porcos a andar de bicicleta, porquê espantar-me com camaleões?
Por outro lado, a reacção a este post da Fernanda, também me deixou estupefacto. Quando o li desconhecia o destinatário, mas um colega de Figueira reviu-o nele e reagiu com justificações avacalhadas. Não saberia então o Figueira, que no Jardim do Relvas iria conviver com alguns exemplares da escória da pulhice humana? Ingenuidade ou similitude comportamental?
No fim de todo o imbróglio constato que, contrariando o que aqui escrevi, a coligação vodka -laranja ainda existe e está de boa saúde. Daí, que não veja qualquer incoerência em António Figueira.
Eles lá sabem porquê...
Melodias de sempre...
No Pontal, Pedro Passos Coelho mostrou estar preocupado com as reacções às medidas de austeridade duríssimas e deu uma cantada aos portugueses com o "Não sejas mau p'ra mim", numa demonstração de que tem a consciência pesada. Dirigia-se, obviamente, ao PCP e aos sindicatos que vão endurecer a luta a partir de Outubro.
Pedro Passos Coelho já devia saber que o tempo não está para cantigas e que a coligação "vodka-laranja" só funciona quando é o PS que está no poder. Agora aguente-se!
A notícia da morte da Parque Expo foi manifestamente exagerada...
Sucessos de Verão (30)

Gloria Gaynor e Diana Ross foram apenas algumas das dezenas de intérpretes que a recriaram, mas escolhi esta versão para dedicar especialmente à Carlota, a quem devo uma canção. Espero que ela goste do tema porque, quanto aos intérpretes, sei muito bem que estão no seu top de preferências.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Procura-se!
Há sempre um "mas" a toldar a alegria
A queda de um ditador, seja ele qual for, é sempre motivo de regozijo. Por isso, mesmo sabendo que Kaddafhi foi apeado por quem até há pouco tempo fervorosamente o apoiou, sinto a felicidade pela queda do ditador. O problema é quando deixo de ser ingénuo e começo a imaginar os apoiantes dos rebeldes a dividir os despojos. Restará alguma coisa para o povo líbio? Finou-se uma ditadura mas... sairá dali uma democracia? O tempo responderá...
Conservadores? Talvez...
Vamos a contas?
Cúmulo do azar é...
Sucessos de Verão (29)

domingo, 21 de agosto de 2011
Ora digam lá...
O governo iniciou funções há precisamente dois meses. Parafraseando um blogger que se alcandorou a especialista, pergunto: "Vivemos melhor, ou pior do que há dois meses"?
Bate, bate, coração (21)
No, we can't
Engoliu um gramofone?
Para o técnico encarnado, quando um jogador do SLB se atira para o chão dentro da área é sempre penalty, mas uma falta claríssima ( carga escusada, mas nítida sobre Sapunaru) contra um jogador do FC do Porto é sempre duvidosa. Não há pachorra para aturar narcisos que gostam de incendiar o futebol português.
sábado, 20 de agosto de 2011
Saturday nights (on the rock)
Tenham uma boa noite.
Humor fim de semana
- E a partir de agora temos de fazer mais sacrifícios!
Ouve-se uma voz na multidão:
- Trabalharemos o dobro!
Passos continua:
- E temos de entender que haverá menos alimentos!
A mesma voz:
- Trabalharemos o triplo!
Passos prossegue:
- E as dificuldades vão aumentar!
- Trabalharemos o quádruplo!
Passos vira-se discretamente para um dos seus fiéis e pergunta:
- Quem é esse idiota que vai trabalhar tanto?
- O coveiro! - responde o especialista
O calor do Algarve baralhou-o
Sucessos de Verão (28)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Andam tubarões no Algarve

Laura, papagaio tem fome!

As praias da vida dos outros (18)

Com este contributo da Teresa, encerro o desafio "A Praia da Minha Vida", agradecendo desde já a todos os que participaram e que homenagearei devidamente no domingo.
Precisa-se de dicionário para gente carenciada
Os montes de Hermínio
Começou no último fds a Liga, mas alguns comentadores futeboleiros parecem apostados em desviar atenções para casos colaterais que nada têm a ver com futebol. É o caso de Hermínio Loureiro, ex-presidente da Liga (de má memória) e possível candidato à presidência daFPF. Pois este homem, que o governo gostaria de ver à frente dos destinos da cúpula do futebol, continua a demonstrar uma preocupante insanidade. Misturando alhos com bugalhos, HL vem exigir mão pesada para o agressor de Pedro Proença. Pouco lhe importa que a agressão a Pedro Proença, apesar de perpretada por um adepto do Benfica, nada ter tido a ver com questões desportivas. Foi um problema entre cidadãos, em nada relacionado com futebol, mas sim com questões do foro privado.
Hermínio Loureiro não faz a destrinça e mete tudo no mesmo saco. Pede justiça exemplar em nome do futebol, para um caso que nada tem a ver com justiça desportiva e, repito, foi apenas uma espécie de ajuste de contas do foro privado. Pobre futebol português, se esta rechonchuda criatura for escolhida para presidente da FPF...
Sucessos de Verão (27)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Noites de cinema
Da (falta de) ética -3
Os ressentimentos da memória

Enquanto escrevia o post sobre a "Filha do Lavrador", lembrei-me de um caso que se passou comigo há tempos e aqui recordo. Ainda guardo um ressentimento, impossível de apagar.
Os professores exercem uma das mais nobres profissões do mundo. O seu esforço e a sua dádiva nem sempre são reconhecidos em Portugal, mas o mesmo não acontece, por exemplo, na China, onde o professor primário é visto como uma pessoa de família, pelos familiares dos alunos.Tive, ao longo da vida, professores excelentes, apenas bons e medíocres. O meu professor primário - de que já vos falei aqui - era na realidade um professor medíocre, mas visitei-o muitas vezes ao longo da vida, até à sua morte.No Liceu tive alguns professores excelentes, de quem guardo belíssimas recordações. Ainda sou amigo , por exemplo, do meu professor de Filosofia que, embora sendo padre, é de uma grande abertura de espírito. Lembro-me com saudade do meu professor de Português, mau como as cobras, mas com uma tal sensibilidade, que chorava como uma Madalena nas aulas, quando nos falava de alguns autores portugueses. Ainda hoje sinto um arrepio, quando me lembro das aulas em que ele recitava de cor longos excertos de “Os Lusíadas” e as lágrimas lhe escorriam pela face, em catadupa.
Poderia aqui citar a minha professora de História, que me fazia voar no tempo, com a sensação de estar a viver na época de que ela falava, ou a empertigada e irritante professora de inglês que me castigava nas notas por considerar que eu não me esforçava para ser melhor aluno. Quando, no exame do antigo 5º ano ( actual 9º), tive 18,9, disse-me “mas podias ter tido 20!”. Depois, perante o meu ar incrédulo e desesperado, agarrou-se a mim a pedir desculpa pelos três anos de sofrimento que me fizera passar e arrematou: “mas valeu a pena!”.
Poderia contar-vos muitas histórias, mas hoje quero falar de um professor que tive na Faculdade de Direito. Era um péssimo professor. Ignorante, inculto e fascista, foi responsável pela minha expulsão da Faculdade. Devia estar-lhe grato por isso, pois foi graças à expulsão que a minha vida ganhou um novo rumo, mas não estou e continuo a sentir o mesmo rancor por aquela figura sinistra que era o terror dos alunos de Direito. Descobri isso há dias, quando passou por mim à porta da Versailles. Quando vi aquela figura repelente, agora carcomida pela idade, a minha vontade foi apertar-lhe o pescoço, cobri-lo de porrada, até ficar ali estendido, à espera de uma ambulância do INEM que o conduzisse ao Hospital.
Tal como alguns amores, alguns ódios não se explicam. Não é o caso deste. Sei que foi sempre uma figura detestada. Nem Marcello Caetano o suportava. Mas nunca pensei, até este reencontro, que ainda pudesse despertar –me tento desprezo, volvidos quase 40 anos!
Paroles, paroles, paroles...

Os putos

quarta-feira, 17 de agosto de 2011
O emplastro
Figura da semana

O(s) mensageiro(s) do(s) deuses

As praias da vida dos outros (17)

O Cerco
Que belo exemplo!
Sucessos de Verão (25)

terça-feira, 16 de agosto de 2011
Mudam-se os tempos...
"A Filha do Lavrador"
Há cerca de dois meses o ex-marido morreu. Meio vagabundo, sem eira nem beira, cozendo as bebedeiras num terreno próximo da Av dos Combatentes, onde pernoitava, fora enjeitado pelos filhos de um segundo casamento. Sem família que dele quisesse saber, o seu destino seria, pois, um enterro em vala comum, mas a Filha do Lavrador, dele separada há 51 anos, deu outro rumo à história. Sabendo da morte do pai do seu único filho, ela mesmo tomou todas as providências para que tivesse um funeral condigno e fosse enterrado em campa rasa.
“É o pai do meu filho, nunca iria permitir que fosse enterrado como um animal”- terá confidenciado às amigas, a quem convocou para lhe prestarem uma última homenagem.
(Escrevo este post no comboio, de regresso a Lisboa. Depois de terminar dou uma vista de olhos pelos jornais on line. Fico a saber, pelo Ferreira Fernandes, que abriu ontem em Londres a exposição Museu das Relações Quebradas. A Filha do Lavrador poderia, sem dúvida, dar um belo contributo...)