Pacheco Pereira parece andar ressabiado e dispara a sua acidez sobre Pedro Passo Coelho em qualquer oportunidade. Não é que não tenha alguma razão no que aqui escreve sob o título "ìndice do situacionismo".
No entanto, já eu escrevera aqui que não há almoços grátis , pelo que não me surpreendi com as coincidências entre os jornalistas disfarçados de bloggers presentes neste repasto e a lista (ainda incompleta) de assessores repescados na imprensa e na blogosfera (para abrilhantar a acção de alguns governantes) publicada pela Visão.
Qualquer pessoa tem o direito de aspirar a mover-se na esfera do poder e os jornalistas não são excepção. Eu também já fui assessor de um ministro e, embora rapidamente me tenha cansado do cargo, não me arrependo de ter aceite o convite. A diferença é que não trabalhava em nenhuma redacção, nem andei a papar almoços com o convidante. Por acaso, até estava fora do país e o convite apanhou-me de surpresa.
O que eu lamento - e nisso dou razão a PP- é que tudo indica haver, entre os nomes convidados, alguns que andaram, durante a campanha eleitoral ( e mesmo antes...) a escrever, alimentar e aplaudir "investigações" jornalísticas que tinham como único propósito desacreditar Sócrates, pelo que alguns convites não terá tido em consideração apenas as qualidades profissionais dos convidados.
Valerá também a pena perceber qual o futuro de alguns daqueles nomes, depois de deixarem os gabinetes. Depois, então, falamos...
Não dá para entender. PP fez as observações mais lúcidas, no momento crítico que a CGD vive, dadas as privatizações que se aproximam, e o conflito de interesses que existe. Pelos vistos já nem admite que alguém possa ser isento e diga o que pensa. Deve-se concerteza a falta de tempo para se actualizar nas suas leituras.
ResponderEliminarCarlos
ResponderEliminarSó me apetece repetir aquela velha expressão "está tudo entregue à bicharada". (De bicho, claro).