quinta-feira, 31 de março de 2011
Eles pedem desculpa pela interrupção. Voltam dentro de momentos...
A Rainha da Sucata

Portugal estava numa situação gravíssima. Durante a campanha eleitoral, Cavaco Silva alertou para as consequências imprevisíveis de uma crise política. A continuidade deste governo era insustentável, mas o momento escolhido por Passos Coelho para o fazer foi o mais inadequado. Pensou apenas nos seus interesses ( uma moção de censura depois da aprovação do PEC IV fragilizaria o PSD perante os eleitores) e não no país. Sejam quais forem as desculpas que invente, a verdade é que a culpa de estarmos a ser classificados como lixo é exclusivamente sua. Quando o país estava à beira do precipício, Passos Coelho deu-lhe um empurrão.
É natural que não se aperceba do mal que fez ao país... está habituado a falar para os mercados em inglês e os portugueses são, na sua perspectiva, as "marionettes" obedientes e passivas. É capaz de ter algua razão. Os portugueses são incapazes de ver mais alternativas para além do preto e do branco e, quando estão cansados de uma cor, acreditam que basta mudar para outra, para que as coisas melhorem. Será por isso, muito provavelmente, o futuro primeiro-ministro de Portugal? Não. Será apenas a "Rainha da Sucata".
Culpado, eu?
Afinal, quem está mais à rasca?
Fomentar a iniquidade no Estado
Late night wander (73)
quarta-feira, 30 de março de 2011
Mais uma caixa de Pandora?
Mulheres do mundo (10)

Virtudes do senhor conselheiro
Bem lembrado...
Tenham medo...
Late night wander (72)
Seja na política ou no futebol, a conversa é a mesma. Somos um país de mentirosos. Fazem promessas antes das eleições mas, no segundo seguinte à vitória, desmentem tudo. Um país com gente desta estirpe tem salvação?
terça-feira, 29 de março de 2011
É tão bom, não foi?
Lula, Salgueiro e o FMI

O call-center de Belém
Morning call (11)

Late night wander (71)
Recomendo-vos a leitura deste post e o visionamento do video. Pela lucidez de quem escreveu e pelas imagens que testemunham.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Vai formoso e bem seguro..
Mulheres do Mundo (9)
Notícias, ou manipulação?
Percebo perfeitamente que o PSD queira manipular a opinião pública, interpretando abusivamente o D.L. 40/2011 e fazendo passar a ideia de que aumenta a discricionaridade nas contratações públicas e o despesismo do Estado. É uma mentira que rende votos e o PSD- já muitos perceberam- pede uma campanha digna mas pretende ganhar as eleições semeando mentiras diariamente na comunicação social que, tal cachorrinho obediente, vai atrás do dono.
Lamentável é que os jornalistas não tenham qualquer sentido crítico e debitem mentiras e inanidades reveladoras de total ignorância. Na prática, nada mudou em relação ao que sempre esteve estipulado nesta matéria. Em termos muito prosaicos o que o DL 40/2011 estabelece corresponde ao mesmo que o seu patrão, que lhe paga 500€ mensais, lhe dizer que pode gastar 2000. Poder pode mas,como não tem dinheiro, o leitor fica com os mesmos problemas.
Confesso que fico com dúvidas se as notícias divulgadas na comunicação social ( e provavelmente na blogosfera que não tenho tido tempo para ler) são apenas fruto da ignorância e preguiça de quem as escreve, ou se fazem parte de uma estratégia concertada de manipulação da verdade.
Figura da semana

Vem aí o martírio
Late night wander (70)
domingo, 27 de março de 2011
Feijoada de caracóis

A feijoada de caracóis é um pitéu delicioso. O problema é que o único restaurante que conheço onde ela é bem feita, é o Chico Elias em Tomar. Ora, em tempo de crise, ir a Tomar de propósito para almoçar é um bocado dispendioso. No entanto, depois de ler isto na sexta-feira, não resisti. E ontem lá fui saciar o apetite. Estava óptima, mas não tão boa como habitualmente. À noite, no Hotel dos Templários, onde acabei por pernoitar, asseguraram-me que o problema é da qualidade dos caracóis . É que agora são fornecidos pela São Caetano, onde parece que abundam estes gastrópodes hermafroditas.
Eles prometem melhorar a vida dos portugueses (5)
Pedro Passos Coelho chumbou o PEC 4 porque considerava inaceitáveis os sacrifícios que estavam a ser exigidos aos portugueses. Agora, vem dizer que afinal quer um PEC ainda mais duro. Não me espanta... o que me surpreende é que ele e os jornlaistas disfarçados de bloggers que com ele privam, continuem a defender que o mntiroso é Sócrates.
Não sejas mau p'ra mim...
sábado, 26 de março de 2011
Saturday night (on the rock)
Hora de Verão
- pode levantar-se uma hora mais tarde sem receio de que alguém lhe chame "dorminhoco";
- vive menos uma hora de crise;
- tem menos uma hora para ouvir as contradições do Coelho;
- poupa na conta da electricidade.
Quando a geração à rasca...
Uma flor na Primavera

Late night wander (69)
sexta-feira, 25 de março de 2011
Orelhas de burro

Menina de aluguer (rewind)

Caloteiros!
Late night wander (68)
quinta-feira, 24 de março de 2011
Eles prometem melhorar a vida dos portugueses (1)
Sócrates e o síndrome Pinto da Costa
Prova oral
A esquerda no seu Labirinto

Late night wander (67)
quarta-feira, 23 de março de 2011
Cavaco falou no debate pela boca de Manuela
"O que interessa não são as medidas do PEC , mas quem as aplica"- afirmou Manuela Ferreira Leite.
Haverá coragem para os demitir?
Todo o processo foi aberrante e bem revelador dos podres que minam a credibilidade das instituições mas, se houver um mínimo de dignidade, Luís Horta e os médicos envolvidos serão despedidos amanhã. A sua arbitrariedade não pode ficar impune. Madail já foi corrido da Europa futeboleira ( não foi reeleito vice-presidente da UEFA) e Laurentino Dias está a fazer as malas. Seria muito mau se os executores se ficassem a rir nos seus postos de tiranetes.
De Perry Mason ao CSI

Late night wander (66)
terça-feira, 22 de março de 2011
Brutus e Pilatos
De regresso a Lisboa fico a saber que Sócrates não está disponível para governar com o FMI. Parece-me uma atitude sensata. Já Pedro Passos Coelho não só parece estar disponível, mas também ansioso por o fazer. Ao inviabilizar o PEC IV, recusando qualquer negociação, PC assume-se definitivamente como o "betinho" de vida fácil que passa a vida a lamentar-se e a culpar os outros da má-sorte, mas quando lhe perguntam se quer trabalhar apenas responde "arranjem-me um emprego", porque não sabe o que quer fazer na vida, excepto ter um bom ordenado.
É verdade que o PEC IV revela a insensibilidade de Sócrates em relação aos trabalhadores, a quem são pedidos todos os sacrifícios, enquanto continua a manter intocáveis os privilégios da banca, mas alguém acredita que PPC irá proteger os interesses dos desempregados e de quem trabalha? A entrada do FMI em Portugal permitir-lhe-á arranjar desculpas para ser o coveiro das derradeiras esperanças dos portugueses e mitigar a sua visível falta de preparação para conduzir os destinos do país. Enquanto expõe Portugal ao ridículo, salva a pele, satisfazendo a gula dos seus correligionários interessados em ir rapidamente ao pote e prontos para o apearem no caso de o PSD continuar a assistir, na oposição, ao desenrolar dos acontecimentos.
A atitude de PC não revela apenas a traquinice de um catraio que passa uma rasteira ao inimigo da turma, para ficar bem visto junto dos colegas. Revela também irresponsabilidade que tresanda a traição. Além de recusar qualquer negociação, não apresenta alternativas e duvido que as venha a apresentar na campanha eleitoral, porque confia numa vitória nas eleições. Não pelo mérito, mas pelo cansaço dos portugueses em relação a Sócrates. Votar em PC será um suicídio colectivo dos trabalhadores portugueses, dos desempregados e mais desfavorecidos. Como disse um dia Marcelo Rebelo de Sousa, o líder do PSD é uma versão de Sócrates...mas pior!
Enquanto PC se comporta como Brutus, Cavaco continua a portar-se como Pilatos. Permanece em silêncio, como se não fosse nada com ele. Não é tão estranho como possa parecer este conceito de magistratura activa do PR. Afinal, não escreveu na ficha da PIDE que estava integrado no regime do Estado Novo? Talvez sinta saudades...
Gostava que as próximas eleições, com o país mergulhado numa crise em que PS e PSD não estão isentos de culpas, fossem aproveitadas pelo povo português para dar um correctivo a ambos. Infelizmente não tenho ilusões. Os portugueses não vão aproveitar as eleições para escolher um governo que mude a política ruinosa do país. Vão apenas escolher entre dois gestores da coisa pública, meros executores das ordens da senhora Merkel.
Quanto ao PR, inerte e inapto para a função, co-responsável na crise pela inação e pelo teor dos seus últimos discursos, deveria ter a dignidade de se demitir. Mas para ter dignidade também é preciso ter vergonha, por isso, vai tudo ficar na mesma. Aliás...pior, porque os custos de eleições para o país apenas contribuirão para agravar a crise e não para nos tirar do fosso que Cavco começou a cavar quando foi Primeiro Ministro.
Mulheres do Mundo (8)

A Química do amor

Respondi apenas: mulheres!
- Já se apaixonou por uma mulher feia e gorda?
Provavelmente já, respondi perante a estupefacção de alguns jovens. Depois acrescentei:
Para vocês, poderia ser gorda e feia mas, para mim, era uma mulher bonita. Porque me atraía e gostava de estar com ela em todas as ocasiões e me fazia feliz.
Late night wander (65)
segunda-feira, 21 de março de 2011
Quem me ajuda?
O reverso da medalha
Figura da semana

domingo, 20 de março de 2011
Do futebolês ao politiquês ( ou a parábola da Europa)- uma reflexão domingueira

sábado, 19 de março de 2011
Humor fim de semana
- Não vais ao futebol hoje?
- Não, hoje não me apetece.
À noite o telefone toca
Marido: "Se for para mim, diz que eu não estou em casa."
Mulher vai ao telefone. Atende e responde: "Ele está em casa."
Marido: "Mas... que diabos!"
Mulher: "Era para mim!"
sexta-feira, 18 de março de 2011
Vou arejar
Como o ambiente por cá está irrespirável, esta manhã resolvi pirar-me por uns dias. Voltarei terça-feira. Deixo-vos uns posts até lá. Entre eles, está uma reflexão para domingo que vos desafio a comentar. Tenham um bom fim de semana. Até já.
Às vezes chegam cartas...

Embora não tivesse as habilitações necessárias, Arnaldo foi nomeado Director do Serviço de Informação, ao abrigo de uma legislação na altura em vigor. “ Foram os melhores anos da minha vida. Trabalhava muito, mas consegui com a minha mulher juntar o suficiente para, em 1983 nos abalançarmos a contrair um empréstimo e trocar um T2 na Póvoa de Santo Adrião, por um T3 no Lumiar”.
Olhando para trás, Arnaldo lamenta ter deixado o curso a meio. Se o tivesse concluído, talvez não estivesse a viver momentos de angústia que lhe tiram o sono, o apetite e até a alegria de viver. Os tempos mudaram. Com as novas tecnologias, muitos dos serviços do Estado abandonaram a informação impressa e passaram a fazê-la apenas on line. Entretanto, Arnaldo foi substituído em 1998 e voltou ao seu lugar de operador de reprografia, o que significou um enorme rombo financeiro. Pretendeu frequentar vários cursos de formação que o habilitassem a trabalhar com as novas tecnologias, mas foi sempre preterido por funcionários mais jovens e com mais habilitações que iam entrando para o serviço. Os meses foram ficando mais longos e os vencimentos mais curtos. É certo que o filho já não é encargo. Completou o ensino secundário e emigrou para o Canadá, mas o empréstimo da casa tem de ser pago todos os meses, porque o banco não perdoa. Palmira, funcionária administrativa, foi colocada na mobilidade especial e passados dois meses estava a ganhar pouco mais do que o ordenado mínimo.
Rescaldo da noite europeia
Ontem, na Europa futeboleira, não fomos varridos mas sofremos. Era esperada a eliminação do Sporting de Braga em Liverpool, em virtude do diferente potencial das duas equipas, mas os bravos bracarenses bateram-se galhardamente e regressaram ao Minho com o passaporte para os quartos.
Late night wander (63)
A indiferença da comunicação social aos últimos discursos de Cavaco, a forma diferenciada como tratou o "Freeport" , o caso BPN, ou as ligações de Cavaco a Oliveira e Costa demonstram que em Portugal há liberdade de expressão, mas não há uma imprensa livre. Isso devia ser preocupação de todos, numa sociedade democrática. A começar pelos jornalistas...
quinta-feira, 17 de março de 2011
É hora de tomar decisões
Terão de ser os portugueses a escolher o seu futuro numas eleições que agora parecem inevitáveis a curto prazo. Se continuarem a ter medo de votar na esquerda, já sabem o que os espera…
Aviso Importante!
Mulheres do Mundo (7)
Late night wander (62)
quarta-feira, 16 de março de 2011
Era bom, era...
Deixei de comprar jornais portugueses, porque não gosto de ser enganado por "funcionários partidários" com carteira de jornalista. Páro diante de um escaparate para ler as gordas da imprensa. Num pasquim que se vende como jornal, leio: " Antes o FMI" ( do que o PEC IV). Já não me espanta a irresponsabilidade de quem escreve isto. Apenas me envergonha. Hoje em dia, o jornalismo político em Portugal é, na generalidade, feito por gente enfeudada a partidos,que não alça o rabo da cadeira e desconhece a realidade do país. O internacional é um amontoado de copy pastes das noticias de agências.
Lembro-me que ontem, Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores, um jornalista afecto ao PSD, sugeria um Provedor que fiscalizasse se os governantes cumpriam as suas promessas. Penso que seria também excelente haver uma Lei que punisse severamente quem nos conta deliberadamente mentiras, para fazer fretes a líderes partidários. Os cidadãos merecem ser defendidos daqueles que nos impingem mentiras sob a capa de notícias.
Borrado de medo!
Caderneta de cromos ( 26)
Enquanto a União Europeia admite a necessidade de as repensar , este ex-responsável pela área da energia na Comissão Europeia afirma que o desastre de Fukushima "corrobora a segurança das centrais nucleares".
O ex- Secretário de Estado da Ciência de Durão Barroso admite, inclusivé, que com um governo futuro ( do PSD, obviamente) será possível dialogar, no sentido de avançar com o projecto de Patrick Monteiro de Barros.
Por agora fica bem nesta caderneta de cromos, mas talvez fosse bom começar a pensar em fazer uma petição para enviar o engenheiro até Fukushima. E já agora, pode levar também Pedro Passos Coelho que já admitiu a necessidade de lançar um "debate sério sobre o nuclear, para reduzir a factura energética portuguesa". Pode ser que por lá eles se fundam.
Em alternativa, talvez pudessemos metê-los na Máquina do Tempo e oferecer-lhes uma viagem no Titanic, o navio que jamais se afundaria, mas nem chegou a completar a primeira viagem.
Pontapé de saída para o 25 de Abril
Quem escreveu isto foi o meu amigo Eugénio Alves, no “República”, no dia 17 de Março de 1974, num relato da vitória do Sporting sobre o Porto em Alvalade (2-0).
Mas com este naco de prosa, o Eugénio não estava propriamente a escrever sobre um jogo de futebol. Escrevia sobre o golpe das Caldas, que ocorrera na véspera e a Censura proibira de comentar.
A tentativa de golpe de 16 de Março, que ficou conhecido como "golpe das Caldas", acabou por constituir um ensaio para o 25 de Abril, um mês depois, como muitos saberão.
Este exemplo que aqui vos trago hoje serve para assinalar não só o dia, mas também para lembrar a alguns patuscos que passam a vida a reclamar contra a falta de liberdade de expressão, como era difícil ser jornalista na época. Apesar de tudo, podiam dizer-se as coisas nas entrelinhas, se para tanto se tivesse engenho e arte. Como o Eugénio.
Para quando o desmentido?
Já agora, subscrevo palavra, por palavra, o post da Fernanda Câncio.
Late night wander (61)
terça-feira, 15 de março de 2011
Novidades, aos teus amores tão dedicados...
Mas o iPad é também um bom exemplo da forma como a sociedade de consumo nos engana. Quando foi lançado, há um ano, a Apple sabia perfeitamente que o produto estava inacabado e não era ainda o modelo idealizado por Steve Jobs. No entanto, como a concorrência se aprestava para lançar um produto idêntico, a Apple não teve outra alternativa. Lançou no mercado, com pompa e circunstância, um produto que sabia não ser perfeito, mas punha a concorrência em sentido.
Foi cultivando a obsolescência, fomentando a aquisição da última novidade através do recurso ao endividamento, que chegamos à crise mundial que nos afecta a todos. Não me parece que tenhamos aprendido a lição.