O MMS foi um daqueles partidos, mais ou menos irrelevantes, que surgiram ano passado com propostas para credibilizar a política em Portugal. No seu manifesto declarava ser “ Um partido político da frente” porque não se revê na “lateralidade” que estabelece diferenças entre direita e esquerda e definia como sua ideologia “a qualidade de vida das pessoas”. O “slogan”, relembro, era “Mudar Portugal”.
Sempre pensei que o objectivo fosse mudar para melhor mas há dias, uma pequena notícia no “Público” deu-me oportunidade de rever a minha posição.Com efeito, o Tribunal da Lourinhã condenou o candidato do MMS à câmara da Lourinhã por ter mentido à GNR e em Tribunal, “ao dizer-se vítima de agressões físicas e roubo por um adversário político”. Não satisfeito com isso, o candidato do MMS pegou num megafone e desatou a insultar as pessoas do partido a que pertencia o acusado.
Para dar mais credibilidade à cena, João Nunes Alves declarou ter sofrido lesões na cabeça e nas costas, facto que foi desmentido por uma perícia médico-legal.Perante a confirmação da calúnia, o Ministério Público ordenou a abertura de um processo crime contra o candidato do MMS, “por denúncia caluniosa e perjúrio”.
Não se pode daqui inferir qualquer suspeição sobre o MMS, mas vale a pena dizer aos responsáveis do partido que antes de apresentarem a candidatura de um dos seus membros a um cargo político, tenham o cuidado de investigar a sua conduta e comportamento cívico.