
Assinalou-se hoje o Dia Mundial do Não Fumador. Comecei a fumar cedo, fumei muito, mas desde há cinco anos meti travões a fundo e, salvo raríssimos dias de excepção, sou um moderado fumador de cigarrilhas ( duas a três por dia).
Já aqui escrevi porque sou contra a Lei anti-tabágica que vigora em Portugal. Se pudesse voltar atrás não seria fumador, mas cresci numa sociedade onde me incutiram a fumar ( porque era chic) e é essa a única razão que me leva a compreender as campanhas anti-tabágicas: alertar o jovens para os efeitos nefastos do tabaco. Estudos recentes, como o do CRIOC, revelam que as campanhas anti-tabágicas padecem de eficáciaDiminuiu o consumo de cigarros, mas não o consumo de tabaco. Os medicamentos anti tabágicos vendem-se como pãezinhos quentes, mas os seus efeitos práticos estão por demonstrar.Hoje, andaram pelas ruas brigadas convidando os fumadores a apagarem os seus cigarros. O lema da campanha era: “ Não Fume Pelo Seu Pulmão”. Não percebo como é que isto se coaduna com a ideia de o governo reduzir as comparticipações para tratamentos anti-tabágicos, mas adiante...
Quando um brigadista se aproximou de mim, convidando-me a prescindir da minha cigarrilha a seguir ao almoço, a minha vontade foi perguntar-lhe se não me emprestava um dos seus pulmões para eu fumar por ele. Acabei por apagar a cigarrilha mas, minutos depois, fui fumar para um local mais recatado. Creio que muitos fumadores terão seguido o meu exemplo. Para benefício da “Tabaqueira” e do Estado, que arrecadou mais uns euros em impostos.