
O dia começou bem com as três atletas da marcha a classificarem-se entre as 10 primeiras, mas foi ao final do dia que chegaram as grandes emoções.
A elegantíssima Naide Gomes, em quem todos depositavam as maiores esperanças, esteve bem e conquistou mais uma medalha- a segunda para Portugal nesta edição do europeus de atletismo. Medalha de prata que, no entanto, acabou por saber a pouco. Saltando os mesmos 6,92 metros da vencedora ( a lituana Irena Roderica), só não chegou à medalha de ouro, porque o segundo salto da lituana que corre ao serviço do F.C.Porto foi superior ao de Naide.
Depois do amargo da prata que quase foi ouro - e seria um merecido prémio para a portuguesa- veio a surpresa:
Jessica Augusto conquistou a medalha de bronze nos 10 mil metros. A namorada do nosso guarda -redes Eduardo esteve a poucos metros da prata, mas cedeu na última volta a uma atleta russa. Faltou o quase.
A terminar a noite, o recordista europeu Francis Obikwelu correu a final dos 100 metros. Sem a ponta final de outros tempos, o português esteve quase a ganhar uma medalha. O "photo finish" atribiu-lhe o quarto lugar com o mesmo tempo do terceiro e do quinto classificados, o que quer dizer que foi por milésimos de segundo que Portugal não ganhou a sua terceira medalha do dia. Esteve quase.
Balanço muito positivo mas, se não fosse o quase , poderíamos agora ter ainda mais razões para festejar. Não deixa de ser normal, porém, a nefasta influência do quase que nos persegue e afasta de maiores êxitos. Afinal, somos um quase país...
Adenda: depois de ler alguns comentários, percebi que o post pode dar a sensação de que estou a ser crítico em relação à prestação dos atletas portugueses. Não foi essa a intenção, bem pelo contrário. Estou felicíssimo e só tenho pena que Obikwelu não tenha trazido também uma medalha. De qualquer modo esta é, desde já, uma das melhores prestações do atletismo português em Campeonatos da Europa.